Pedro Albergaria tomou da palavra para evitar que a equipa fique ainda mais condicionada para o próximo jogo e recorda que foi a mesma equipa de arbitragem, com David Silva enquanto árbitro e Manuel Oliveira como VAR, que anularam um golo contra o Estoril Praia sem qualquer imagem que mostre a bola fora.
O diretor-desportivo do FC Vizela – também ele expulso – esteve na conferência de imprensa após o final do jogo, apontou à dualidade de critérios, que até o Paços de Ferreira reconheceu, e lembrou uma regra nova que ficou a conhecer.
“Estou cá em representação do presidente, que não pode estar presente, por estar com covid-19. Depois dizer-vos que o mister Álvaro Pacheco não está cá porque não podemos correr o risco de perder mais elementos importantes para as batalhas importantes que se seguem. Mas teria que estar cá alguém, porque o que se passou hoje foi grave demais para podermos deixar passar em claro. Este clube, esta cidade, esta equipa e a postura que viemos trazer ao futebol português não permitem deixar passar isto em claro”, começou por dizer.
“Hoje houve uma dualidade de critérios enorme. Enquanto o jogo esteve 11 para 11, o FC Vizela jogou a totalidade dos minutos no meio-campo do Paços de Ferreira. No final, perdemos e terminámos com nove jogadores. Posso dar alguns exemplos que provam essa dualidade de critérios. A própria equipa do Paços de Ferreira percebeu isso, tanto é que substituiu o Rui Pires logo após a jogada em que ele devia ter sido expulso. Percebi hoje que um jogador que está a ser assistido após um adversário levar cartão amarelo, tem de sair das linhas de jogo. Não sabia desta regra, fiquei a sabê-la hoje”, detalhou, antes de passar a outros factos.
“Fico também muito espantado que esta equipa de arbitragem e o VAR tenha sido exatamente a mesma que, no jogo com o Estoril Praia, nos invalidou um golo, que na altura pedimos imagens que provassem que a bola tinha saído. Até hoje continuamos à espera dessas imagens. Espero que no futuro isto não volte a acontecer”, frisou, antes de terminar.
“Acredito sinceramente que o futebol português precisa de equipas como o FC Vizela. Quer queiram, quer não queiram, nós vamos continuar por cá, porque temos uma força muito grande e jamais, independentemente daquilo que aconteça, daquilo que façam para nos prejudicar, nós não vamos deixar que isso aconteça”, fechou.