Ex-vice-presidente da SAD com discurso sentido. Momento da saída é “agridoce” e o FC Vizela e a cidade ficarão sempre no coração.
O antigo vice-presidente da SAD, Gonçalo Moreira, foi o primeiro a discursar na homenagem prestada pela Câmara Municipal de Vizela, na pessoa de Victor Hugo Salgado. “Ninguém pode ficar indiferente a uma homenagem deste calibre e não é fácil encontrar palavras. É um momento agridoce, porque se por um lado o melhor momento para alguém deixar alguma coisa é um momento alto – e eu sinto que este é um momento alto do FC Vizela e de Vizela – por outro lado custa muito mais e eu não me importava nada de continuar ligado a este clube e a esta cidade, mesmo correndo riscos”, começou por dizer, antes de puxar a fita atrás. “Quando pensámos no Vizela, há quase seis anos, sabíamos que encontraríamos um clube de gente fervorosa. E sabíamos que essa vontade podia ser uma excelente alavanca para fazer do Vizela um clube de I Liga. Estavam criadas aí as bases para isso. Mas havia uma responsabilidade enorme de duas pessoas do Porto, que não tinham nenhuma relação com Vizela, conseguir honrar o clube, a cidade, as pessoas. Foi muito duro, em determinada altura, sentir que não estávamos a conseguir chegar a tudo”, apontou, em alusão às duas subida de divisão fracassadas antes do sucesso que estaria por chegar.
“Felizmente, com a conjugação de todos os astros, e foram muitos, a começar pelo Victor Hugo Salgado, tudo correu bem. Quando fomos almoçar, ainda não era presidente da Câmara, penso que ambos percebemos que os dois tínhamos um projeto vencedor. E é muito gratificante ver que, passados estes anos, a cidade está muito mais à frente e o clube também, a começar pelas instalações. Fico muito feliz por nos termos encontrado, foi uma das pedras basilares do sucesso”, elogiou, com palavras muito diretas ao líder da autarquia a quem pediu “autorização” para se tornar… vizelense: “Não sou de gema, mas serei para sempre um vizelense, se me permitirem. Levo Vizela no coração, levo o FC Vizela no coração e isto não são palavras soltas”.
Depois, dirigiu-se à nova administração: “Não me conseguirei desligar. Resta-me agradecer o apoio que nos deram estes anos todos e felicitar e desejar todo o sucesso à nova administração. Isto não é para deixar cair, o acionista quando vendeu acreditou, nós não fomos tidos nem achados. Fica já entregue a responsabilidade de lutar e manter este rigor e este trabalho”, encerrou.