O treinador do FC Vizela elogiou o compromisso da equipa e a reação à desvantagem, mas lamentou a ineficácia. Agora há mais tempo para treinar, depois do fim de um longo ciclo de jogos.
Álvaro Pacheco destacou o excelente arranque do FC Vizela, traído por um golo do Sporting na primeira oportunidade. Depois falou sobre a reação tática e mental à desvantagem, recordou os difíceis últimos tempos e aponta ao futuro para uma luta muito equilibrada na segunda metade da tabela. Eis o resumo das declarações do nosso treinador.
ANÁLISE AO JOGO: “Estivemos sempre no jogo. Criámos oportunidades e dificuldades ao campeão nacional. Entrámos fortes porque vínhamos de uma derrota e queríamos marcar primeiro, para criar mais instabilidade ao Sporting. Mas eles fizeram golo na primeira oportunidade, num erro na nossa primeira fase de construção. São muito eficazes. Aliás, a eficácia fez a diferença. Faltou-nos isso. Mas o Sporting nunca esteve confortável no jogo. Na segunda parte, procurámos manter o foco no nosso jogo. Queríamos marcar para que o Sporting abanasse. Lutámos até ao fim por isso. Mas devo dizer que o jogo podia ter sido diferente se o Coates fosse expulso aos 3 minutos por falta sobre Schettine. Já tive jogadores meus expulsos dessa forma e dizem-me que é por entrada imprudente. Foi o caso. Podia ter sido diferente, mas não foi. Resta-me dar os parabéns aos meus jogadores.”
REAÇÃO: “Eles marcaram e, de imediato, fomos à procura do empate, mas eles fazem o segundo golo entretanto. Ao intervalo, disse que era importante ligar o nosso jogo, poderíamos criar oportunidades e assim reentrar no jogo. Criámos as oportunidades, mas não conseguimos marcar. Este jogo decide-se pela eficácia. Mas temos de estar orgulhosos. Fizemos o mais difícil, que é criar ocasiões, falta concretizá-las.”
PREPARAÇÃO COMPLICADA: “Tem sido difícil. Temos tido muitas baixas. O Aidara não treinou e foi a jogo; o Nuno Moreira não treinou e entrou; o Cassiano e o Kiko Bondoso tiveram limitações. Além disso, no último mês, vimos de uma série sempre a jogar, mais de uma vez por semana, e pouco dá para treinar o pormenor, como é o caso da finalização. Agora teremos mais tempo, porque oportunidades estamos a criar. Conseguimos muitas nos dois últimos jogos e foram contra FC Porto e Sporting. Parafraseando o Cristiano Ronaldo, os golos são como o ketchup, e, quando começarem a entrar, vão ser muitos.”
FUTURO: “A equipa está com compromisso. Com todo o plantel estaríamos mais fortes. Mas isto vai ser até ao fim, há um equilíbrio muito grande, dois grupos a serem criados na classificação. Do 10.º para baixo está tudo muito equilibrado. Estamos focados em ter mais regularidade, mas confiantes. Acreditamos muito. Falta-nos melhorar no último terço e aproveitar melhor as oportunidades.”
CONFUSÃO NO FINAL DO JOGO: “Era escusado. Não tem nada a ver com o que foi o jogo, que foi emotivo e bem jogado. Não merecia o que houve no fim. O Rúben Amorim falou muito bem, um jogador [Nuno Santos] teve um comportamento pouco adequado, mas o Rúben já falou. Eu quis tirar os meus jogadores do campo e pedi aos jogadores do Sporting para se acalmarem. O futebol não precisa de nada disso, ainda para mais quando o jogo foi tão bonito e emotivo.”