Temos novo lateral-direito. Igor Julião assinou por duas temporadas com o FC Vizela, com mais uma de opção, e vai disputar um lugar com Koffi e Hugo Oliveira, os outros laterais do plantel. Com 26 anos, não se pode dizer que esta seja a primeira experiência de Igor no estrangeiro, mas a verdade é que o jogador chega com uma marca muito forte do Fluminense. Foi praticamente uma vida.
“Aqui me despeço desse clube do qual fiz parte 18 anos. Serei para sempre um rapaz de Xerém. Na minha infância, o Fluminense apresentou-me a um mundo que uma criança suburbana de Bento Ribeiro jamais poderia conhecer. Não tenho dúvidas de que sou a pessoa que sou, graças a essa gigantesca instituição”, escreveu no post de despedida nas redes sociais.
A gratidão começa por apresentar Igor Julião, muito mais do que apenas um jogador de futebol, ainda que os 87 jogos que fez no Fluminense, a larga maioria nas últimas três épocas, denunciem uma mais valia para a nossa equipa e atributos que, em breve, os vizelenses vão descobrir. “Em todas as oportunidades que recebi, estive disposto a morrer em campo”, escreveu, também como forma de se apresentar.
Igor Julião fez toda a formação no Fluminense, clube pelo qual se estreou como profissional em 2012. Em 2014 foi cedido ao Kansas City, da MLS. Saiu com 25 desafios. ABC, Macaé e Ferroviárias foram outros clubes que o acolheram antes do regresso ao Kansas e da passagem pelo Samorim, da Eslováquia. Voltou ao Fluminense em 2018, para jogar. E assim foi até agora.
Fora do campo, o nosso reforço também fez furor. Gosta de artes e história por influência do pai, aderiu às causas sociais a reboque do tio, insurgiu-se contra preconceitos sociais, machismo e homofobia e não tem problemas em vincar a sua posição política. Gosta de ler, viaja de metro e dá palestras a adolescentes nos tempos livres.
Igor Julião irá, agora, cumprir com o período de quarentena obrigatório que as autoridades de saúde impõem a quem viaja do Brasil, antes de se apresentar às ordens do míster Álvaro Pacheco.