Simón Lamas acredita que “a primeira pedra para construir coisas importantes” foi lançado na última jornada, graças ao esforço da equipa e dos adeptos. Agora quer levar o mesmo ambiente para Felgueiras, melhorar naquilo que não correu tão bem e, finalmente, ganhar.
O treinador do FC Vizela fez a antevisão ao importante jogo com o FC Felgueiras deste domingo (11 horas), observando as dificuldades que o adversário vai colocar, mas com a certeza de que o FC Vizela estará preparado para as contrariar. O objetivo é ganhar para solidificar a evolução que se notou no último jogo. “Os jogadores transmitem ambição e garra”, vincou Simón Lamas, como que a expressar que não faltará nada para ser bem sucedido. “Creio que a equipa do último jogo é o FC Vizela que queremos ver. Evidentemente existem situações de jogo que temos de melhorar, mas vejo um Vizela agressivo, um Vizela competitivo, um Vizela que concedeu poucas oportunidades de golo, um Vizela que chegou à área adversária com tranquilidade e, inclusive, um Vizela que foi capaz de se recompor após um resultado adverso. É uma virtude muito importante numa equipa que quer ser competitiva na II Liga. Acredito que colocámos a primeira pedra para construir algo importante. Agora precisamos que os jogadores assimilem ideias, as vão reconhecendo em jogo, se liguem entre eles para alcançar um nível melhor. Acho que a imagem foi muito boa perante um adversário que, neste momento, talvez seja a melhor equipa do campeonato”, começou por dizer, fazendo a ponte entre a última jornada e a que se segue.
Simón sabe que ainda faltam limar alguns aspetos, mas reforça a crença de que o primeiro passo está dado. “Creio que nos faltou defender um pouco melhor as situações de bola parada, creio que a equipa no segundo tempo entrou muito bem e esteve muito bem a nível defensivo. Na primeira parte tivemos de realizar alguns ajustes, fruto da substituição do Momo pelo João Reis, algo que no momento imediato nos fez ficar um pouco mais instáveis. Entrámos bem na segunda parte e foi uma pena que num lance de bola parada tenhamos sofrido o golo. Acho que nos faltou simplesmente isso, creio que o segundo tempo foi muito completo, a equipa foi capaz, com os poucos treinos que levamos, de mostrar coisas, sobretudo mostrar uma intenção que queremos levar para as partidas, ser uma equipa agressiva, mais compacta, mais sólida. Acredito que o primeiro passo para iniciar o caminho está dado. Faltou-nos um pouco mais de acerto, Vivaldo e Morschel tiveram boas ocasiões de golo e confio plenamente que, com o nível destes jogadores e com trabalho, essas coisas vão sair”, refletiu.
Agora é importante vencer. “Os jogadores transmitem-nos que estão com ambição e garra, que mudaram já um pouco da sensação do jogo de Alverca. Já vimos uma equipa que acredita na ideia, que acredita nas correções que fomos tratando de fazer. Claro que, no futebol, o que mandam são as vitórias e os pontos, o importante é dar passos em frente na tabela e precisamos de uma vitória. Acho que temos alguns jogos em que a equipa vai poder ser capaz de conseguir a vitória, se fizermos as coisas bem e se respeitarmos o adversário”, confirmou.
O adversário não será fácil “O Felgueiras tem virtudes importantes e vai levar-nos ao limite em muitas situações. Vão atacar-nos, de forma muito direta, vão ser uma equipa muito vertical. Devemos controlar o adversário para não sofrer e a partir daí temos capacidade para fazer danos. Primeiro temos que adaptar-nos a isso, mas a equipa acredita e já sabe perfeitamente para onde deve. As coisas começam a fluir dentro de campo, que é o mais importante”, analisou, antes de se debruçar sobre a natureza de um jogo que, sem ser um dérbi, é como se o fosse, tal a proximidade entre as cidades. “Por causa da vizinhança, este vai ser um jogo especial para todos. Entendo que para os adeptos do Vizela e do Felgueiras vá ser uma partida muito importante. Oxalá seja a continuação do final do último jogo, porque os jogadores precisavam dessa sensação de sentir o público orgulhoso. Acreditamos que os adeptos gostaram do esforço e do trabalho dos jogadores. Este é um momento muito importante para nós podermos construir a partir daqui. Oxalá possamos dar continuidade a isto e acredito que o ambiente nas bancadas vá ser muito bom”, frisou, recuperando, no fim, as ideias chave para levar para o relvado. “Quanto ao jogo, vai exigir ir ao limite. O Felgueiras vai atacar muito de forma direta, vai procurar transitar através de contra-ataques e ser muito vertical. Vamos precisar de estar muito seguros em situações de defesa na área e ter calma com bola, porque eles são uma equipa muito agressiva. Será uma batalha importante e nós temos que confiar no nosso método de trabalho, saber que vamos para uma guerra onde o nosso adversário vai exigir muito de nós e a partir daí ser dominantes com bola, que é o que queremos ver da nossa equipa sempre. Teremos que ir ao limite e adaptar-nos às situações”, fechou.