Em declarações aos jornalistas, no rescaldo à repartição de pontos com FC Famalicão, o treinador do FC Vizela aceitou o resultado, embora tenha salientado que a intenção passava por garantir o triunfo e o objetivo de pontos definido.
Lamentando as dificuldades na finalização que outrora deu muitos pontos à equipa, Tulipa reconheceu também o bom guarda-redes que estava do outro lado. Sem apontar à nova temporada, apesar de questionado, Tulipa lembrou que há ainda duas partidas por disputar e nas quais promete profissionalismo.
ANÁLISE AO JOGO: “É um resultado que não queríamos. Tínhamos a intenção de ganhar os três pontos. Este empate ajusta-se àquilo que se passou no jogo. O Famalicão esteve por cima na primeira parte, mais seguro, mais confiante, e nós não tão confiantes com bola como normalmente somos. Não conseguimos controlar o jogo com bola. Na equipa do Famalicão imperam os duelos, são fortes nisso e isso tirou-nos algum protagonismo na forma como ficávamos com a segunda bola para podermos jogar. Em meio-campo ofensivo não o conseguimos fazer. Falámos um bocadinho com a equipa e mostrámos algumas coisas que estavam a falhar na nossa pressão. Mudámos um jogador por ter cartão amarelo, ficámos mais compactos e agressivos. Não ficámos tão largos enquanto equipa e tivemos o jogo a cair mais para o nosso lado do que para o Famalicão. Com a expulsão, aí sim, tivemos mais bola, mais possibilidades de circular, embora a circulação tenha sido um bocadinho lenta. As oportunidades que tivemos, mais uma vez, não as conseguimos marcar.”
FINALIZAÇÃO: “Diria que, em alguns momentos da época, fomos bastante felizes e assertivo, pois logo na primeira ou segunda oportunidade fazíamos golo. Estamos num momento em que isso não acontece, claramente. Só quem não jogou é que não conhece estes momentos nas épocas. Eu até acho que as entradas do Kévin e do Etim trouxeram mais qualidade ao nosso último terço. Criámos mais oportunidades e também tivemos pela frente um bom guarda-redes.”
NOVA ÉPOCA: “Não podemos olhar para o que vamos fazer a seguir, se não olharmos para o presente. Temos coisas a fazer ainda. Temos que dar tempo e espaço a outros jogadores que trabalham afincadamente para merecerem essa oportunidade e, por questões de decisão do treinador, não jogam. Temos de olhar para aquilo que vamos fazer na Madeira, e depois para o que vamos fazer aqui com o Sporting. E, acima de tudo, respeitar esse profissionalismo que a equipa tem e demonstra. Na próxima época logo se tomará uma decisão.”
IGOR JULIÃO: “Sou muito orgulhoso por treinar o Igor Julião. Uma pessoa boa, competente, profissional, que, quando aqui cheguei, não jogava tanto. Depois de eu chegar, gerou-se aqui uma oportunidade para mostrar o seu trabalho. É uma pessoa com caráter e eu admiro muito essas pessoas. Por isso é que demonstrou efetivamente o apreço que tem pelos professores, cada vez mais uma profissão com um desgaste intenso e com má remuneração. Percebi a posição dele e compartilho da mesma opinião. É muito bom perceber que estas pessoas olham para os desportistas e vejam neles a intenção de olhar para a sociedade. A nossa sociedade apresenta dificuldades. Hoje, no mundo, há muito ruído. Quer-se tudo muito rápido e dão-se poucas soluções às pessoas para encontrarem o seu caminho. Um abraço aos professores e um agradecimento à presença deles.”