Tulipa lançou a visita ao Vitória SC (domingo às 18 horas) com a garantia de que o Vizela vai focado e de olhos nos três pontos.
Jogar contra um vizinho “requer uma energia extra” e, já agora, mais acerto na finalização. O exemplo dos últimos jogos aponta a essa necessidade, sem que a equipa perca consistência e ambição. “Não quero que se perca o foco”, avisou o treinador, que deixou ainda um aviso: é importante ser agressivo nos duelos e no ganho de bolas. Com o principal objetivo já cumprido, segue-se o segundo objetivo. Estas são as ideias chave que Tulipa passou hoje, em Conferência de IMprensa.
PERSPETIVAS PARA O JOGO: “É um jogo de extrema importância para nós enquanto clube. Vamos defrontar um vizinho e isso requer uma energia extra. O Vitória SC tem qualidade, nós conseguimos vencer e bem na primeira volta. Queremos ganhar e jogar bem, é a nossa proposta. Não queremos perder qualidade no nosso jogo, queremos ser competitivos. Nos últimos jogos fizemos coisas interessantes em termos ofensivos, mas não fomos tão eficazes no último terço e quando isso acontece, por norma, o adversário ganha confiança. Foi o que sucedeu. É um jogo bom, que queremos jogar, vai ter adeptos, muita gente. É um jogo para crescermos e queremos e podemos trazer pontos.”
EXEMPLO DA PRIMEIRA VOLTA: “Na altura o rival estava numa posição consistente e nós tivemos mérito na vitória. Percebemos o que sucedeu também na Taça e a equipa foi competitiva. Nós acreditamos sempre que podemos ser competitivos e ganhar, senão não íamos a jogo. Tirando o jogo com o SC Braga, que foi mais desnivelado, mas também por incompetência nossa, porque tivemos muitas ocasiões, o resto tem sido um campeonato regular e competitivo. Por isso é que há seis ou sete jornadas já tínhamos consolidado essa posição. Ouço e vejo muitas coisas, mas verdadeiramente ninguém deu essa palavra de apreço à equipa por conseguir o objetivo principal tão cedo. Vamos para o terceiro ano na I Liga. Cada vez mais é importante preparar isso, conseguimos isso atempadamente. O que quero é que o clube, no presente, tenha a possibilidade de atempadamente preparar bem a próxima época, saber os jogadores que queremos e são suporte de uma base importante para o próximo ano, mantê-los, ganhar consistência para depois não andar a fazer muitas trocas nem mexer muito com o núcleo central da equipa”.
FOCO: “Não quero que se perca. Primeiro porque o nossos segundo objetivo – fazer 42 pontos – não está cumprido. Depois porque, enquanto estiver aqui, essa é sempre uma ambição, estando em primeiro ou em último disputar cada jogo com a mesma ambição, seriedade e com o objetivo de ganhar. Mas isso representa muito o que estava a dizer anteriormente. quando nós temos um objetivo claro já definido, as pessoas que andam à volta querem saber muito o que lhes vai acontecer. É muito importante saberem o que lhes vai acontecer. Faltam 4 jornadas, há jogadores em fim de contrato, outros têm mais um ano de contrato. Se o clube quer dar passos seguros e ganhar consistência nesta divisão, é importante irmos atrás de resolver essas coisas.”
CARACTERÍSTICAS DO ADVERSÁRIO: “Na minha opinião, do meio-campo para a frente, o Vitória SC é das melhores equipas desta Liga. Tem boas alternativas no meio-campo, no ataque. Pode trocar jogadores e manter qualidade. Trazendo gente que esteve fora ganha ainda mais consistência. Falo por exemplo do guarda-redes, que pode aportar segurança à ultima linha. Do meio para a frente tem variabilidade, são jogadores que constroem, bem, alimentam bem a profundidade do Jota e do André Silva. O Johnson tem desequilíbrios partindo de fora para dentro. É uma equipa forte. Temos de ser consistentes na organização defensiva, temos de ser uma equipa agressiva nos duelos e no ganho das primeiras e segundas bolas. Caso contrário teremos dificuldades. Se o formos e depois tivermos a ambição de ferir o adversário quando está mais aberto, vamos ter boas oportunidades.”
ADEPTOS E FAIR-PLAY: “No que representam os treinadores, tivemos uma semana complexa, mas nem quero falar muito sobre isso porque são pessoas que respeitam. Os treinadores são importantes a viver e sentir o jogo, mas também são muito importantes no fair-play que demonstram. Saber ganhar é tão importante como saber perder. É esse equilíbrio que queremos. Os nossos adeptos vão para nos apoiar e ver ganhar, queremos que fiquem felizes, mas isso pode não acontecer. Tem de haver a clarividência de quem vai a jogo saber lidar com as incidências do mesmo.”