O treinador do FC Vizela falou aos jornalistas em Conferência de Imprensa e reconheceu a felicidade do resultado conquistado, num jogo de dificuldades, no qual a sua equipa não conseguiu explanar de forma plena o bom futebol a que habituou os adeptos.
Ainda assim, Tulipa enalteceu a inteligência dos seus pupilos na abordagem ao adversário, que se reajustou à desvantagem numérica, para ir a tempo de alcançar os três pontos num registo pouco habitual, atendendo às caraterísticas do jogo dos vizelenses.
RESPOSTA DA EQUIPA: “Nem de perto, nem de longe, este foi o melhor jogo que a equipa fez. Entrámos com algumas dificuldades no jogo, num campo com uma relva um pouco seca, que não proporcionou que o nosso jogo fosse mais fluido. Algum mérito do adversário que tem qualidade, que se organiza bem com jogadores muito fortes em termos táticos, muito resistentes e muito pressionantes. Depois o jogo ditou a expulsão. Não abdicámos de jogar e tínhamos de ser pacientes para desmontar o adversário, o que não foi fácil. Não somos uma equipa de cruzamentos e deve ter sido o jogo em que mais cruzamentos fizemos. Somos equipa para entrar na área. Fomos inteligentes porque estes jogos são claramente difíceis de jogar. O adversário, em função da sua expulsão, readaptou-se muito bem com uma linha de cinco, a fechar a largura, com dois médios e dois avançados que são perigosos na transição. Mantivemos o nosso jogo, os nossos equilíbrios. Era importante uma estrutura sólida que constrói em segunda fase. Acabámos por ser felizes através de um lance de cruzamento que não é muito habitual, com o Guzzo muito bem a aparecer no segundo poste. Felicidade também pelo resultado, pelo trabalho dos jogadores e pela competência deles na forma como crescem de jogo para jogo e como cresceram após uma semana que não é fácil, porque o último resultado em casa não espelha aquilo que fizemos. É isso que um treinador quer, que sua equipa saiba reagir, que não perca o foco e que consiga o mais rapidamente possível chegar ao objetivo.”
AUSÊNCIA DE NUNO MOREIRA: “No penúltimo treino, o Nuno já teve ali uma sensação na zona posterior da coxa, numa ação. Antes de virmos na quinta, treinámos, ele voltou a ter esse sintoma e optámos por não correr o risco de o trazer para jogo, de o querer utilizar e perdê-lo. Acho que não é uma lesão com impacto, é uma coisa que se vai resolver rapidamente.”
CONTAS DA PERMANÊNCIA: “Na minha opinião, acho que 31 pontos vão dar para garantir o objetivo da permanência. É a minha opinião, mas não ligo muito a isso. Quero é que, no próximo jogo com o Casa Pia, consigamos preparar a equipa para, rapidamente, chegar a uma vitória em casa que também nos faz falta.”
APOIO DOS ADEPTOS: “É difícil nós não olharmos para eles como mais um elemento da nossa equipa. Estiveram cá e apoiaram-nos. Imagino o sacrifício que deve ser. A vida não está fácil para ninguém. As coisas custam dinheiro, viajar, comer. Quero agradecer-lhes muito o apoio que deram à equipa e foi quase no último minuto que lhes demos esta vitória. Espero que consigam fazer uma viagem segura e feliz para cima. Agora é descansar, descarregar um bocadinho esta tensão, limpar alguns jogadores que precisamos de limpar para abordar os nove jogos que faltam com toda a dedicação e todo interesse de pontuar o mais possível e alcançar uma classificação condizente com aquilo que é o valor da equipa.”