O jogo com o Vitória SC é carregado de simbolismo histórico e essa é só mais uma das várias razões que o treinador do Vizela encontra para atacar os três pontos, único objetivo da equipa para este jogo. Resposta dos jogadores dá todas as garantias.
Prestes a estrear-se em casa nesta caminhada em Vizela, Tulipa tem a certeza que só uma equipa competente em todos os momentos do jogo pode ser bem sucedida face a um Vitória SC bem identificado e com qualidade e organização evidentes. Em dia de dérbi importante não perder o ADN Vizela, embora seja necessário melhorar o equilíbrio em alguns momentos e a fase da finalização. Estabilidade depende de pontos, tempo e espaço, mas o novo técnico frisa a reação e profissionalismo dos jogadores para ilustrar os motivos da confiança.
TEMPO DE PARAGEM: “É verdade que o campeonato é a competição mais importante, mas estivemos noutra competição. Mas preparamos este jogo, em função das nossas características e das do adversário.”
O QUE FAZER PARA VENCER: “Temos de ser competentes em vários momentos do jogo. Somos confortáveis com bola, a equipa agiliza bem o jogo de posse e queremos que esse jogo possa colocar dificuldades ao adversário e colocar ruturas na sua organização para chegarmos de forma eficaz a zonas de finalização. Percebemos a organização do adversário, que joga muitas vezes com uma linha de cinco defesas e dois médios que constroem bem mas escondem muito bem o espaço entre linhas. Montamos também a estratégia nesse sentido. Na minha opinião falta-nos alguma eficácia quando temos oportunidades, mas também temos de perceber a fortaleza que temos de ter como equipa sem bola. O jogo de equilíbrios vai ser muito importante também, porque nas alas o adversário também é forte. Temos de ser equilibrados e no ataque preparar também o momento seguinte, quando perdemos a bola temos de ter jogadores no equilíbrio para travar a transição do adversário.”
IMPORTÂNCIA DO DÉRBI: “É diferente também para mim porque é o meu primeiro em casa e é importante para nos dar conforto pontual. Mas há uma história por trás, há o março de 1998, quando Vizela foi elevada a concelho. Há uma história que liga estes dois povos. Queremos ajudar os adeptos a ter uma felicidade e para isso necessitamos de ganhar, por tudo o que foi a história da ascensão de Vizela a concelho. Temos também essa vontade pelo nosso trabalho diário, pela nossa ambição, pela nossa classificação, para ganhar distância para outros. Rivalidade faz parte da história.”
MUDANÇAS E CUNHO NA EQUIPA: “Já tive oportunidade de o dizer: a equipa era muito bem orientada, tenho apreço pelo trabalho do meu antecessor, muito bem feito; mas cada treinador tem as suas ideias. Muitas das coisas que a equipa fazia com bola são do meu interesse e para manter. Quisemos nestes dois jogos que fizemos mudar algumas coisas mas mais a ver com o momento sem bola, pressão alta que nos custou um pouco no Dragão. São coisas simples que queremos implementar, mas uma grande parte daquilo que era a consistência da equipa anteriormente, vai estar lá.”
REGRESSO DE TULIPA À I LIGA: “Nenhum treinador trabalha para estar sistematicamente em escalões mais baixos. A ambição natural de um treinador é estar o mais alto possível. A minha perspetiva, quando me deram a oportunidade de vir para Vizela num escalão diferente, era simples e conseguimos fazer coisas interessantes nos Sub-23. Dado que sucedeu este imprevisto, foi-me dada esta oportunidade e eu tenho claramente de lutar por ela. Isso é inegável e eu darei tudo de mim, pela cidade e pelos jogadores, que trabalham muito bem.”
ESTABILIDADE NECESSÁRIA: “Para tudo é necessário tempo. Quem trabalha comigo dá-me tempo, espaço para estar confortável. Mais do que isso apropria equipa e o entusiasmo com que treina. A ligação dos jogadores com o antigo treinador não tem de ser perder por nada, mas eu sinto-me muito confortável no trabalho do dia a dia por questões que têm a ver com o grupo e o seu profissionalismo”.