Álvaro Pacheco usou a qualidade que se viu no jogo da Taça de Portugal para contrariar uma crise que o é apenas nos resultados. Jogo em Paços de Ferreira “não é decisivo” para ninguém. E muito menos tarefa fácil.
O treinador do FC Vizela lançou esta manhã em Conferência de Imprensa o jogo de domingo (15h30) em Paços de Ferreira e negou facilidades, até porque os últimos resultados mostram um Paços cada vez mais próximo de vencer. Esse é também o objetivo do Vizela, que vem de uma série negativa de resultados, mas a jogar bom futebol. A expulsão em Guimarães, para a Taça de Portugal, também foi assunto.
ESCLARECIMENTO: “A situação de termos ponderado abandonar o jogo ganhou uma dimensão muito grande, mas foi um desabafo apenas. Um desbafo num momento em que nos sentíamos impotentes. Foi simplesmente um desabafo. Desistir, abandonar ou não respeitar o futebol que tanto amamos não faz parte da minha essência nem da do FC Vizela. Foi só um desabafo num momento de impotência de ir em busca do que pretendíamos.”
EXPECTATIVA PARA PAÇOS: “Queremos regressar às vitórias. Se olharmos para os nossos resultados podemos dizer que o Vizela está em crise porque não tem ganho. Mas eu que sou o líder tenho de olhar acima disso e ver as prestações. E sinto que a equipa tem estado a um nível de jogo em que está perto de o ganhar. Há pequenos detalhes que não temos conseguido superar, mas o que me deixa mais satisfeito é a resposta que vi durante a semana. Não tenho dúvida que amanhã vai ser uma equipa à imagem dos últimos jogos: com ambição e determinação para conseguir os três pontos.”
CANSAÇO PELO JOGO DA TAÇA: “Acredito mais no aspeto psicológico de não vir de uma fase de bons resultados. Mas no plano físico não. E temos o exemplo do Benfica, que tem ganho quase sempre e vem desde o início da época a jogar duas vezes por semana. Quem vê os resultados pensa que o Vizela não está num momento bom. A verdade é que os resultados não são os que nós queríamos, mas as exibições revelam que estão aí a aparecer.”
NÍVEL DO PAÇOS NÃO CORRESPONDE AOS RESULTADOS: “Claramente. E se olharmos para os últimos jogos sentimos o Paços a não ganhar, mas a perder por um golo, a equilibrar, a sentir que a vitória está próxima. Por isso temos de ser sérios. O jogo vai ser muito difícil, muito intenso, contra uma equipa muito aguerrida, com um treinador que incute essa mentalidade do Paços de lutar até ao fim. Nós temos de ser aquilo que nos caracteriza, algo que conteceu contra o Vitória: uma equipa determinada, ambiciosa, capaz de impor o nosso jogo, perceber o jogo, os comportamentos. Temos de estar focados, mas essencialmente tranquilos e serenos.”
IMPORTÂNCIA DO JOGO: “Eu olho para um jogo com duas equipas a querer ganhar. Se me diz que o Paços está mais pressionado porque ainda não ganhou, posso concordar. Mas estamos no início do campeonato, há muitos pontos em disputa, não é uma final, não vai ficar nada decidido. Mas claro que quem conseguir vencer amanhã, ganha um elã muito grande.”
PALAVRAS QUE DITARAM A EXPULSÃO: “Realmente eu disse aquilo que o árbitro escreveu, mas não no momento da expulsão. Disse-lhe no intervalo do prolongamento. No final do jogo não lhe disse isso. perguntei-lhe sobre a dualidade de critérios. Foi por isso que fui expulso e não por aquilo que ele escreveu, aquilo eu disse-lhe no intervalo do prolongamento.