Um FC Vizela muito distante daquilo que sabe e que habituou a sua massa associativa a fazer acaba por sintetizar um jogo e um resultado que deixou Álvaro Pacheco desapontado.
Análise ao jogo: “Sabíamos que os espaços que tínhamos de aproveitar não eram aqueles que nós gostamos. Tínhamos de ser inteligentes, quando o Santa Clara fosse agressivo, em procurar o espaço atrás da pressão, não só atrás da pressão dos médios, mas também na profundidade, para obrigar a sua linha defensiva a baixar e nós percebermos que tínhamos de aproveitar o espaço entre linhas. Não fomos capazes. Para sermos capazes de fazer isso, temos de ser agressivos, dinâmicos e corajosos para promovermos as coisas. Fomos sempre muito lentos na execução e o Santa Clara teve muito mais vontade e foi muito mais forte nos duelos. Isso foi-nos condicionando. Mesmo na primeira parte, tendo esse cariz, o jogo foi muito equilibrado e não houve grandes oportunidades. Falei isso à minha equipa no intervalo. Tínhamos de melhorar esses comportamentos e principalmente a agressividade porque estava a sentir que o Santa Clara tinha muito mais vontade que a nossa equipa. Tínhamos de igualar essa vontade para podermos entrar no jogo e perceber o espaço que tínhamos de aproveitar. Mérito do Santa Clara, mas também acho que foi mais demérito da nossa parte. Depois, quando estávamos a perder 2-0, já fomos capazes de empurrar o Santa Clara, de aproveitar aqueles espaços. Fizemos um golo, sentimos que podíamos chegar ao segundo, mas uma pequena distração fez com que o Santa Clara acabasse por matar o jogo. Resumidamente, ganhou a melhor equipa em campo.”
Palavra para os adeptos: “Eles são fantásticos e demonstraram aqui o que é o FC Vizela, o que é a cidade. Estes adeptos, infelizmente, não encontraram uma equipa à sua imagem, com ambição, coragem, determinação e que jogue em qualquer campo olhos nos olhos, que é aquilo que retrata o povo vizelense. Hoje não o fomos. Fizeram a viagem, levaram com este tempo, estiveram o jogo todo a apoiar, são uns campeões. Da nossa parte temos de refletir e voltar já aquilo que é o nosso estado normal, uma equipa destemida para atingir os objetivos, que, não tenho dúvida nenhuma, os vamos conseguir.”