Rubén de la Barrera lançou a deslocação ao Estádio Cidade de Barcelos encarando o desafio com o Gil Vicente FC como uma oportunidade para conquistar a vitória que, acredita, trará a estabilidade.
O treinador do FC Vizela esteve hoje em Conferência de Imprensa para lançar o jogo da 21ª jornada da Liga Portugal Betclic. Eliminar os erros não forçados e continuar a acreditar no processo são os elementos chave para atacar uma vitória em Barcelos, cada vez mais importante. A equipa está bem psicologicamente, apesar da situação complicada na tabela classificativa.
EXPECTATIVAS PARA AMANHÃ: “É importante pontuar para confirmar as sensações que temos, mas seguramente o rendimento e estabilidade só se atingem com uma vitória. Uma vitória é fundamental, mas o mais importante de tudo é conhecer os caminhos através dos quais pretendes ganhar, em termos de ataque, de defesa, de consistência, de eficácia. Isso, definitivamente, é o que precisamos para a vitória”.
ANÁLISE AO GIL VICENTE FC: “Têm um bom jogo de bola, boa posse, com intenção. A partir daí eu acho que existem dois elementos importantes: o primeiro é o tipo de pressão alta que nós temos de fazer, por outro lado precisamos ter a bola na nossa posse, o Gil Vicente sem bola não parece estar tão confortável como gostaria, então esse é um elemento importante para nós. Somos uma equipa que pretende assumir o jogo através da posse de bola e isso pode ser muito importante amanhã”.
EQUIPA DEMASIADO OFENSIVA?: “A jogada (primeiro golo do Benfica no último jogo) levou o Jota a tomar essa decisão, mas o problema não foi o desequilíbrio por perder a posição, mas sim a forma como a equipa reagiu à perda de bola. Em vez de pressionarmos à frente, decidimos recuar e isso foi o que permitiu ao Benfica correr com a bola. O importante é ter uma boa estrutura por trás da bola, defender bem os espaços. Normalmente procuramos ter sempre mais um jogador do que o adversário, mas às vezes existem outras questões que têm a ver com a qualidade do adversário, independentemente se tens um homem a mais, se há um avançado ou não. A questão é atacar e defender sempre com 11 jogadores independentemente da zona onde está a bola”.
MORAL DO PLANTEL: “Apesar da situação, o dia a dia é tremendamente positivo. O balneário é bom, o espírito que é bom, os jogadores que começaram a época estão numa dinâmica claramente favorável, porque dentro do clube isso fomenta-se, os que chegam beneficiam de tudo isso. O importante é que temos um plano, treinamos e experimentamos sensações de todo o tempo. É certo que precisamos de uma vitória, mas também tenho claro que eles sentem que o trabalho está a ser bom. As vitórias chegam como consequência do jogo, mas neste momento o que tenho claro é que o rendimento e a estabilidade serão ajudados com uma vitória e espero que seja já no jogo de amanhã porque tenho noção de que ainda estamos a tempo de tudo. O jogo com Boavista constitui um antes e um depois, no aspeto de ser um jogo que tínhamos de ganhar e não o conseguimos. Seguiu-se o Sporting e essas duas derrotas, agravadas pela classificação, são coisas que temos de ajustar e trabalhar no dia a dia, mas a verdade é que existe boa disposição, eles sentem que o staff os apoia e ajuda. Isso permite que possam crescer como jogadores e solidificarem-se em termos coletivos, mas o que mais pesa neste desporto são os resultados e por isso digo que temos um plano claro e um caminho. Espero que a vitória seja o que definitivamente confirme tudo aquilo que estamos a fazer no dia a dia”.
MENTALIDADE: “A mentalidade de alguém que ocupa a posição que nós ocupamos no dia de hoje pode pesar. O que sei é que se não controlarmos o jogo, se não fizermos o que temos de fazer, se não tirarmos benefício das caraterísticas dos nossos jogadores, a vitória ficará mais longe. Está claro o que temos de fazer e temos de fazê-lo. O futebol é um desporto de erros e temos de minimizá-los para chegarmos à solidez. Muito do que acontece no futebol tem a ver com erros não forçados e isso pesa até em termos mentais. E emocionalmente não é igual estar em quinto ou no lugar que ocupamos atualmente. Mas se deixarmos de fazer o que temos de fazer, continuaremos a falar do mesmo e agarramo-nos a uma casualidade de ganhar um jogo e a partir daí ver o que passa. Eu considero que temos de ver o que podemos fazer para provocar que as coisas positivas venham..
APOIO DOS ADEPTOS: “É fundamental em todos os jogos, porque no final da época todos as partidas são finais. Amanhã não tenho dúvidas que se fizermos o que temos de fazer estaremos mais próximos de ganhar o jogo. Eu estou convencido de que é a equipa precisa de ganhar um jogo seguindo a linha que seguimos, ajustando as coisas que psicologicamente não nos têm permitido mais. Temos de ser sólidos, consistentes, temos de ser eficazes nas áreas e conseguir a tranquilidade. Estamos nesta situação, todas as equipas da Liga têm objetivos claros, umas para estarem acima, outras para estarem tranquilas, outras para não descerem de divisão, cabe-nos controlar o que depende de nós e isto tem de seguir em frente”.