Esteve a escassos segundos de fazer história em Alvalade. Seria o primeiro ponto diante do Sporting e logo na estreia do FC Vizela na edição 2023/2024 da Liga principal, porém, a sina dos vizelenses na capital voltou a vingar pelo terceiro ano consecutivo.
Um terceiro golo sofrido aos 90’+8’, depois da excelente recuperação de uma diferença negativa de dois tentos, impediu o merecido prémio de um FC Vizela que mostrou garra, união e ambição no segundo tempo, depois de um arranque de jogo muito complicado.
Um jogo que pareceu inicialmente perdido, mas que terminou com enorme sabor amargo para a formação vizelense, que recuperou de um cenário muito adverso para um cenário de enorme esperança na conquista de um resultado positivo e histórico.
Tal como há duas épocas, Alvalade encheu de público e foi palco para o pontapé de saída do FC Vizela no campeonato da Liga principal. A entrada do Sporting não podia ser mais forte e ao terceiro minuto de jogo já Buntic brilhava alto com uma portentosa defesa ao desvio de cabeça de Coates, no seguimento de um livre de Pedro Gonçalves.
A dificuldade dos vizelenses em saírem para o ataque era muita e só a visão de Samu em lançar Matheus Pereira consumou a primeira aproximação à baliza leonina, resolvida por Coates.
Gyokeres, o reforço sonante do Sporting, tornou-se na grande dor de cabeça da defensiva azul ao adiantar a equipa da casa no resultado por duas vezes no espaço de um minuto. A viragem do quarto de hora inicial foi de pesadelo para o FC Vizela, mas o 2-0 que parecia embalar os leões para um triunfo certo assinalou o início de uma gradual mudança no rumo do desafio.
Os vizelenses foram-se libertando do sufoco inicial e a verdade é que a primeira parte já fechou com sinais notórios que que os jogadores de Pablo Villar não iriam dar o jogo como perdido.
Nuno Moreira, Kiko Bondoso e Samu tiveram boas oportunidades para reduzir a diferença antes do intervalo, embora Daniel Bragança também tenha tido espaço para poder ampliar, contudo, os indicadores deixados davam conta de que poderíamos assistir a uma segunda parte distinta.
Assim foi. Pablo Villar manteve o mesmo onze e viu-se um coletivo mais confiante. Samuel Essende quase chegou para o toque final, após bom lance sobre a direita (53’) e Adán teve de se aplicar para evitar o golo de bandeira no monumental remate de Diogo Nascimento (62’).
Cada vez mais forte na recuperação do esférico, com destaque para as ações de Samu e Rafael Bustamante, o FC Vizela ia mostrando acutilância na manobra ofensiva.
Numa espécie de réplica ao que o Sporting fizera no primeiro tempo, a equipa vizelense chegou ao 2-2 em dois minutos. Entrávamos para o derradeiro quarto de hora. O primeiro golo foi de processos simples com Rafael Bustamante a jogar para Nuno Moreira e este a lançar o possante Samuel Essende que, à segunda tentativa, estreou-se a marcar de Rainha ao peito. O segundo foi mais um contra-ataque letal. Pressão muito forte dos vizelenses sobre o portador da bola, com Tomás Silva a entregar de bandeja para Nuno Moreira faturar e deixar alegres as cerca de duas centenas de adeptos que viajaram até à capital.
Com o encontro empatado, os corações palpitaram com a clara ideia de que uma vitória já podia cair para qualquer lado. A alma, espírito de união e ambição demonstradas deram esperanças reais, mas estas viriam a sucumbir no oitavo e derradeiro minuto da compensação. Tal como na Luz, em Alvalade também se fez sentir a maldita sina das deslocações à capital e o FC Vizela sofreu o inesperado golo de Paulinho que travou a história. Agora, página virada e atenções voltadas ao regresso a casa para medir forças com o Arouca, às 20h30 do próximo dia 20.
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FICHA TÉCNICA
Sporting CP 3-2 FC Vizela
Local: Estádio José de Alvalade (37.152 espectadores)
Árbitro: Fábio Melo (AF Porto)
Assistentes: Paulo Brás / André Dias
4º Árbitro: Pedro Ramalho (AF Évora)
Vídeo-Árbitro (VAR) / AVAR: André Narciso (AF Setúbal) / Vasco Marques
Sporting CP (3x4x3): Adán; Ousmane Diomandé, Coates (C) e Gonçalo Inácio; Geny Catamo (Ricardo Esgaio, 55’), Daniel Bragança (Marcus Edwards, 45’), Morita e Matheus Reis (Afonso Moreira, 64’; Luís Neto, 90’+9’); Trincão (Paulinho, 64’), Gyokeres e Pedro Gonçalves.
Suplentes não utilizados: Franco Israel, Eduardo Quaresma, Jovane Cabral e Mateus Fernandes.
Treinador: Rúben Amorim
FC Vizela (4x2x3x1): Buntic; Tomás Silva, Bruno Wilson, Anderson e Matheus Pereira (Lebedenko, 67’); Rafael Bustamante (Rashid, 90’+5’) e Diogo Nascimento; Kiko Bondoso (Dylan, 90’+5’), Samu (C) e Nuno Moreira (Hugo Oliveira, 84’); Samuel Essende (Jardel, 84’).
Suplentes não utilizados: Ruberto, Alex Méndez, Iker Unzueta e Rodrigo Escoval.
Treinador: Pablo Villar
Golos: 1-0 Gyokeres (14’), 2-0 Gyokeres (15’), 2-1 Samuel Essende (75’), 2-2 Nuno Moreira (77’) e 3-2 Paulinho (90’+8’).
Cartões Amarelos: Ousmane Diomandé (58’), Coates (88’), Luís Neto (90’+6’, no banco) e Ricardo Esgaio (90’+7’).
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“Custa muito perder assim. Como equipa, temos de sair orgulhosos do jogo que fizemos.”
Nuno Moreira (jogador do FC Vizela)
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“Uma pena termos sofrido no final, depois de fazer dois golos. Se fomos capazes de fazer isto aqui, somos capazes em qualquer lado. Estamos a crescer a cada dia.”
Pablo Villar (treinador do FC Vizela)