Tulipa lançou a receção ao GD Chaves (sexta-feira, 20h15) confiante pelo trabalho desenvolvido, entusiasmado pela “fortaleza” que o FC Vizela tem erguido, mas atento porque “o Chaves é muito competitivo”
Só um Vizela no máximo das suas capacidades pode vencer o Desportivo de Chaves naquele que será o primeiro jogo da jornada 20 da Liga Portugal. O adversário “é parecido em alguns momentos com o FC Vizela”, alertou o treinador, convicto de que vencer este tipo de jogos é “muito importante”, até porque a equipa continua a precisar de conforto. Tulipa é um homem sereno? “Como pessoa sim”, respondeu. “Desportivamente é a equipa que me dá isso”, elogiou depois, no lançamento do jogo de amanhã, em Conferência de Imprensa.
EXPECTATIVAS PARA O JOGO: “A equipa está pronta para tentar dar mais uma alegria os adeptos. Não tivemos muito tempo, temos de saber gerir bem as cargas para estarmos ao nosso nível. Achamos o adversário competente, mas estamos satisfeitos com o que estamos a fazer. Os resultados aparecem sempre quando as equipas são consistentes e a consistência ganha-se com disciplina, método, otimismo e criatividade. Acho que a nossa equipa tem esses predicados, acreditamos muito na equipa e esperamos pelos nossos adeptos, esperamos que sejam um plus para a equipa. Queremos ganhar também porque temos a necessidade de ganhar uma posição que nos separe do fundo, para termos mais conforto.”
CHAVES PARA VENCER: “O adversário, nomeadamente com bola, é parecido connosco em alguns momentos, tem bons executantes no meio-campo, criativos como o João Teixeira ou o João Mendes, jogadores que ligam bem, alas com capacidade de 1×1, de improviso. A linha defensiva é muito física, mas temos de lidar com isso e chegar lá com alternância de ritmo e vantagens. Nós somos bons a descobrir espaços e no ataque de segunda vaga também criamos alguma mossa. Na minha opinião vai haver um nivelamento de forças. Quem entender melhor o jogo e for mais agressivo – e com isso digo ser forte nops duelos – vai ter a capacidade de mandar no jogo. Uma equipa que ande a correr atrás da bola tem mais dificuldades. É o que nós queremos. Uma das nossas prioridades é saber gerir os momentos com bola”.
FORTALEZA EM VIZELA: “O Ivanildo fez essa referência e bem porque os últimos têm sido de uma grande simbiose entre o que nós fazemos como equipa e o que os adeptos nos dão em termos de consistência. Estão sempre a puxar pela equipa e isso é importante. Mas nós não somos uma equipa camaleónica. Se olharem para os dois últimos jogos fora, ambos em casa de equipas grandes, não houve um desfasamento grande, houve 60/40 em posse de bola. Mas achamos importante nestes jogos com equipas que lutam pelo menos que nós, em nossa casa, conseguirmos conquistar os três pontos. Essa empatia é importante, de forma a que as pessoas saibam que quando vêm a Vizela vão encontrar um adversário agressivo, competente, que não quer deixar o adversário levar pontos. Uma equipa que consegue sete vitórias em casa e vai buscar algumas fora, normalmente tem uma boa classificação”
SERENIDADE DE TULIPA: “Eu tento ser isso enquanto pessoa, mas no trabalho, quem me dá serenidade, no fundo é a equipa. Se vamos jogar ao Dragão e Avalade e conseguimos ter predicados para disputar o jogo e fazer o que fazemos mos treinos, quando jogamos com equipas do nosso campeonato temos de ser ainda mais fortes e capazes. A serenidade é pelo que vejo da equipa, pessoas ambiciosas que querem andar perto do seu melhor para fazerem desta uma equipa mais consolidada”.
MELHOR CAMPEONATO DE SEMPRE: “É natural… Este é o segundo ano. A consistência que os jogadores vão ganhando em relação à competição e à sua maturidade individual é importante. Temos sete vitórias, tantas como o ano passado em todo o campeonato e isso tem a ver com o trabalho e ligação com o anterior treinador. A forma como se adaptaram a um novo treinador também é chave. O grupo é muito bom, as pessoas que andam à volta do grupo envolvem-se para ajudar. Nós temos condições para um bom campeonato. Os jogadores já fizeram um bom campeonato e agora são mais afirmativos. Costumo dizer que nós estamos sempre aquém do que podemos fazer e muitas vezes não descobrimos o nosso potencial. Cabe ao treinador ser exigente e andar por esses caminhos”