Treinador analisou a derrota com o FC Famalicão e sublinhou o bom jogo da equipa, especialmente na segunda parte, apenas com um lamento.
Tulipa gostou do jogo do FC Vizela, nomeadamente a reação após a injusta vantagem do FC Famalicão ao intervalo. O jogo acabou por se resolver para o adversário numa fase em que era o Vizela que procurava a vantagem e já na reta final dos jogos. Um problema antigo que é necessário resolver e resultado exclusivamente da vontade de vencer. Foi esta a análise do técnico em Conferência de Imprensa após o jogo terminar.
ANÁLISE AO JOGO: “Disse isso no balneário: fizemos de tudo. Não fizemos o jogo que queríamos na primeira parte. Ou seja, tivemos bola, mas a circulação não fez mexer muito o adversário, foi uma circulação passiva. Numa segunda e numa terceira fase, com os laterais mais altos, temos de arranjar forma de encontrar ruturas no adversário. Não fizemos o que normalmente é comum na equipa, porque a equipa costuma ligar bem nesses espaços. Fomos um pouco passivos, mas o jogo foi muito nivelado. Houve felicidade do Famalicão do último minuto, também com mérito, pela qualidade e executantes que tem. Levou o jogo de um corredor para o outro, o lateral projetou-se, nós não saímos no devido tempo e foi em vantagem para o intervalo. No segundo tempo há claramente mais Vizela no jogo. Ajustamos ao jogo posicional do Famalicão, fomos enérgicos, entramos bem nos duelos, a ganhar bolas no meio-campo ofensivo e isso trouxe oportunidades e igualamos a partida. Depois, com a ambição de ganharmos, perdemos alguns equilíbrios e numa dessas jogadas o adversário saiu em transição, ganhou um ressalto, não defendemos bem a nossa baliza e sofremos golo. Saio com a sensação de que a equipa está a crescer, torna-se competitiva, cria oportunidades. O caminho é este, mas não estamos nada felizes com o resultado, porque tínhamos outra ambição”.
VONTADE DE VENCER FEZ PERDER?: “Nunca podemos perder a vontade de querer ganhar, é algo que eu estimulo. Mas para atacar bem e estar dentro do jogo temos de gerar equilíbrios que nos permita estabilidade na transição defensiva. Sabíamos que o adversário é forte, o avançado não pára, os jogadores que meteu na frente têm experiência. Temos de gerir melhor o jogo, temos de ganhar maturidade. Alguns têm essa maturidade, o Claudemir, os centrais. Mas por alguns aspetos, em alguns jogadores perdemos a noção dos equilíbrios. Mas há algum mérito do adversário, claro. Às vezes estamos com vantagem no jogo, mas percebemos que podemos criar danos em alguma ação isolada. E foi o que sucedeu: bola bem esticada no corredor esquerdo, lance individual do extremo e gerou-se uma oportunidade. Temos de aprender. Isso acontecia num passado muito recente. A equipa sofreia muitos golos já no término dos jogos e temos de melhorar nisso, também.”