Álvaro Pacheco satisfeito com desempenho da equipa frente ao FC Porto, apesar da derrota por 4-2. Agora é pensar no Marítimo.
O treinador do FC Vizela sublinhou a reação à desvantagem e os dois golos marcados e apontou à necessidade de manter o nível já para a semana. A forma como a equipa condicionou o FC Porto e acreditou nos pontos até ao fim é motivo de orgulho. Eis o pós-jogo à derrota por 4-2.
ANÁLISE AO JOGO: “Até aos dois primeiros golos do FC Porto, nós estávamos a controlar. O FC Porto marcou em erros nossos. Queríamos entrar bem para sermos competitivos e conseguimos. Depois do 2-0 a equipa teve uma reação fantástica, nunca se desligou do nosso plano, do nosso objetivo, de olhar olhos nos olhos com o FC Porto e discutir o jogo. Discutiu e teve mérito no 2-2, porque pegámos no jogo. Depois sabíamos que tínhamos de ter controlo emocional para que o FC Porto se intranquilizasse, mas infelizmente sofremos o terceiro logo de seguida. Tentámos reagir e manter a nossa pressão, começámos a empurrar o FC Porto, que teve de esticar jogo. Não conseguimos e o FC Porto matou com o quarto golo. Pela coragem que tivemos e pela reação às adversidades, penso que merecíamos ter saído daqui com pontos. Mas já falei com os jogadores e disse que é importante levar esta coragem para o próximo jogo, pois será ela que nos vai conduzir ao nosso objetivo.”
CONTAS DA PERMANÊNCIA: “Acredito mesmo na permanência, mas precisamos de mais pontos, não sei se um, dois ou três. Quem vê o FC Vizela a jogar, vê uma equipa com identidade muito própria. Viemos aqui e jogámos com a nossa ideia frente a uma equipa que provavelmente vai ser campeã. Este clube há 36 anos que não estava na I Liga. Muitos jogadores destes, em 2020, estavam a jogar no Campeonato de Portugal. Se ficarmos na I Liga, como eu acredito mesmo, para o ano vamos ser uma equipa muito mais forte e mais competitiva.”
MENSAGEM AOS JOGADORES: “O FC Porto entrou forte, estádio cheio, luta para ser campeão, três pontos importantíssimos. Estávamos preparados para lidar com isso e com essa vontade de o FC Porto chegar ao golo. E os meus jogadores estiveram de parabéns pela coragem para lidar com a adversidade e agarrar-se ao nosso jogo, que é aquilo que controlamos. Sabíamos como contrariar isso e controlar o jogo e penso que estávamos a fazer isso, mas dois pequenos erros custaram-nos dois golos. O que passei, antes do jogo, foi que, independentemente das incidências emocionais do jogo, tínhamos de ser Vizela coletivamente, agarrar-nos aquilo que somos, aquilo que treinamos. Eles já sabiam e foi isso que fizeram. E ficou demonstrada essa crença e qualidade.”
CLAUDEMIR: “Ainda não sabemos. Sentiu um desconforto na coxa. Nesta fase da época há sempre pequena mazelas a gerir. Ele sabia que se sentisse alguma contrariedade tinha de pedir para sair. Foi assim. Espero que não seja nada.”
MENSAGEM A PEDRO SILVA: “Tem um talento muito grande, está a fazer a primeira época a jogar na I Liga e isto são erros que ele tem de ultrapassar. E como? Tem que se inserir no coletivo, no jogo, não estar apenas no mundo dele. E como jogador e pessoa inteligente que ele é, vai dar esse salto. Estas pequenas incidências vão deixá-lo muito mais forte e preparado. Nós crescemos com erros, crescemos a falhar. É o que eu passo a todos os jogadores.”
AMBIENTE PACÍFICO: “Eu não saí em paz, porque perdi. Quando não se ganha tem de se respeitar quem ganha. Mas eu não saí em paz, estou triste porque acho que a equipa merecia mais. Mas tenho de saber lidar com a minha azia, que neste momento é muita.”