Álvaro Pacheco sai com “uma azia grande” do Bessa, porque sentiu que o FC Vizela foi melhor e podia ter ganho, mas faltou-lhe competência em alguns momentos. Ainda assim, orgulhoso da equipa.
O treinador dos vizelenses analisou o jogo em conferência de imprensa e lembrou que é injusto olhar apenas para o último minuto do jogo e o penálti desperdiçado, porque em 90 minutos a haver um vencedor tinha de ser o FC Vizela.
ANÁLISE AO JOGO: “Não podemos analisar o jogo apenas pelo último minuto. Quem o veja, vê um penálti falhado e o Boavista FC a poder ganhar o jogo. O FC Vizela entrou com a mentalidade que nós pretendemos, foi em busca dos três pontos. Entrámos muito bem, não permitimos as ligações onde o Boavista FC é perigoso e controlámos a primeira parte toda. Chegámos ao intervalo em vantagem e com o caudal que tivemos, até podíamos estar a ganhar por uma margem mais alargada e isso daria mais tranquilidade. Falámos ao intervalo e antecipámos que a segunda parte teria muitos duelos, conhecendo bem a equipa do Boavista FC, a sua identidade, a sua entrega, São fortes nos duelos e na profundidade. Tínhamos de ter um bom jogo posicional, especialmente os médios para ganharem as segundas bolas. Depois veio a expulsão e talvez alguns jogadores nossos tenham achado que o jogo estava ganho. Com 10, as equipas galvanizam-se, unem-se, vão buscar forças a todo o lado. Desligámos momentaneamente e o Boavista FC fez golo. Depois voltamos a pegar no jogo e fizemos o segundo golo com paciência, a desmontar o adversário. Mas, na jogada a seguir, profundidade, segunda bola, felicidade no ressalto e 2-2. Depois ainda tivemos uma bola à trave e penso que, se houvesse um vencedor, teria de ser o FC Vizela. Mas, pela forma como acabou o jogo, terminámos com um ponto que também é importante na nossa caminhada.”
SABOR AGRIDOCE: “Estou com uma azia muito grande, porque senti que podíamos ter conquistado três pontos, estavam à nossa mercê e não fomos competentes. Mas olhando para o jogo, tenho de estar orgulhoso, fizemos um grande jogo em circunstâncias difíceis. Faltou o pormenor, mas faz parte. Na alta competição, as distrações e deslizes criam dissabores. Aconteceu isso. Mas também tenho de estar satisfeito porque somámos mais num ponto, especialmente fora de casa e com um adversário direto.”
LESÃO DE RAPHAEL GUZZO: “Ele torceu o pé num lance, ficou com dores e sentiu um desconforto depois ao tocar na bola e teve de sair. Vamos ver o que tem.”
MOMENTO DO SAMU: “Esta equipa tem uma disponibilidade fantástica, sou um privilegiado. O Samu tem feito um campeonato fantástico. Levou o quinto amarelo, o Raphael Guzzo entrou, esteve a um nível muito bom. E nós temos de ser consistentes com as decisões. O Samu tinha de esperar pela oportunidade e estar ao seu nível quando tivesse a sua oportunidade. Foi o que aconteceu, numa casa especial, contra um clube com o qual tem carinho, mas é um profissional, hoje queria ganhar e fez uma excelente exibição.”