Capitão despede-se do FC Vizela ao fim de cinco temporadas de ligação.

Samu e o FC Vizela vão separar-se ao cabo de cinco anos de contrato e uma história que nunca se apagará. O influente médio chegou no Campeonato de Portugal, tornou-se indiscutível e festejou duas subidas de divisão consecutivas, até à I Liga, onde manteve e reforçou o estatuto, com qualquer um dos quatro treinadores com que trabalhou (Álvaro Pacheco, Tulipa, Pablo Villar e Rubén de la Barrera). Em Vizela assinalou 150 jogos em janeiro, mas chegou aos 165, cumprindo também a bonita marca de 100 jogos na I Liga. Marcou 25 golos, como pode recordar aqui, e ofereceu 29. Criou uma marca ímpar, tornou-se símbolo e entrou na história como quarto jogador mais utilizado da história do clube e quinto melhor marcador de sempre, segundo melhor na I Liga. Foi um capitão de excelência e a despedida foi emotiva. Em baixo a transcrição da mensagem gravada pelo capitão, que ficará sempre na história do FC Vizela. Obrigado por tudo e as maiores felicidades, Samu!

“Hoje quero falar-vos sobre um dos mais belos capítulos da minha vida.

Cheguei a Vizela há cinco anos, numa realidade de Campeonato de Portugal. Acreditava ser o passo certo na minha carreira, mas estava longe de imaginar que esta história seria tão bonita como foi.

Aqui voltei a ser um jogador verdadeiramente feliz. Quero acreditar que aquilo que fiz em campo foi o reflexo da forma como sempre me senti em Vizela. Juntos subimos à II Liga e a seguir à Primeira. Cumprimos a manutenção histórica e vivemos o período mais bonito da história do Vizela. E que orgulho tive em poder usar a braçadeira, ser o capitão deste clube e representar esta gente, de muita paixão e união. Foi sempre isso que me deram e foi sempre assim que procurei retribuir: com atitude e compromisso.

Senti-me em casa desde o primeiro dia. Aqui construí uma família e um obrigado não será suficiente para agradecer os cinco anos incríveis que passámos juntos.

Achei que já tinha vivido tudo, mas no minuto 20 do jogo de 11 de maio percebi que não. Foi de arrepiar. Não consigo explicar. Não consigo descrever o que senti, mas percebi que a cumplicidade que sentia convosco era a mesma que vocês sentiam comigo. Acreditem, aqui fui verdadeiramente feliz.

Hoje chegou a altura de partir à conquista de novos desafios, mas não podia sair sem vos fizer novamente o orgulho e gratidão que sinto por ter representado este clube, esta cidade e, acima de tudo, esta gente.

Li, de um de vocês, que se amanhã não levar a rainha ao peito, certamente a levarei no coração. Nada traduz melhor em palavras aquilo que sinto.

Continuarei a torcer pelo sucesso de um clube que posso apelidar como meu, o meu Vizela!

No final desta viagem, o mais importante não foi o destino nem o caminho. Foi a vossa companhia, foi o vosso apoio. E não quero sair sem deixar por cá um bocadinho de mim, certo que levarei comigo muito de vós.

Um obrigada a todos aqueles que escreveram comigo esta bela história.

“Há amores que nunca morrem” e o Vizela é um deles.

Obrigado por tudo!”

Samu