Tulipa apontou à necessidade de alterar alguns comportamentos para vencer o FC Famalicão (sábado, 15h30) e retomar o caminho do objetivo proposto.
Em conferência de imprensa de antevisão ao jogo que acontecerá amanhã, dia 13 de maio, pelas 15h30, no estádio do FC Vizela, o treinador mostrou-se confiante, apesar de reconhecer que o adversário é dos mais competitivos da I Liga.
LANÇAMENTO DO JOGO: “O FC Famalicão é um bom adversário, que não passa um momento muito feliz a nível de resultados. A nível competitivo e de qualidade, é dos melhores da Liga e nós vamos à procura de inverter o ciclo em que nós vivemos . É claramente uma obrigação mudar os nossos comportamentos, a nossa atitude e ir rapidamente atrás dos 3 pontos que solucionem aquele que é o nosso objetivo de chegarmos aos 42 pontos. Portanto, é essa energia que eu acho que não tivemos na primeira parte do último jogo, essa atitude e vontade de querermos ser mais fortes que o adversário nos duelos, no jogar… Precisamos de rever algumas coisas. Foi isto que foi dito ao longo da semana. O campeonato vai decorrendo, está próximo do seu final e nós queremos cumprir com o nosso segundo objetivo.”
OBJETIVO CUMPRIDOS TIRAM FOCO?: “Prefiro assim, andar afastado das decisões lá de baixo das últimas jornadas, porque somos uma equipa jovem nesta competição, uma equipa que está no segundo ano na I Liga e tem oportunidade de para o ano estar pela terceira vez consecutiva. É preferível que atempadamente conquistemos as nossas coisas. Depois é da ambição da equipa, do clube e do treinador em reformular novos objetivos. Quando olhamos muito para aquilo que fazemos, temos de olhar também para o que foi o passado recente. Ou seja, nós fizemos este ano melhor pontuação que no ano passado. Na época anterior não conseguimos fazer um ponto por jogo e este ano já temos mais 5 pontos do que os jogos que vamos disputar e isso garante um claro crescimento da equipa, uma estabilidade. É para isso que temos de olhar. Temos de dar passos seguros para crescer, para encontrarmos soluções para melhorar, porque cada vez mais as equipas estão a preparar-se para se tornarem mais fortes, resolvendo atempadamente os seu problemas, o que acharam que foi bom e é para manter e aquilo que foi menos bom para que não volte a acontecer. Nós tivemos esse tempo para o fazer, queremos continuar a estimular o jogo da nossa equipa de uma forma a que os jogadores sintam algum desconforto para melhorarem coisas, para se prepararem para uma próxima época mais exigente… As equipas baixas não conseguem manter um nível assíduo de vitórias, há sempre alguns interregnos e é normal saber lidar também com isso. Na nossa equipa isto já aconteceu e, por isso, somos nós que temos de inverter o sentido das coisas e sermos competentes e fortes para ganharmos o próximo jogo em casa.”
CAMPEONATO ATÍPICO: “Há quatro equipas que ficaram um pouco para trás, entre elas o Estoril, que na primeira volta não nos pareceu que fosse acontecer. Muita das vezes, quando os resultados não aparecem, são os treinadores que saem e com eles muda muita coisa. Mesmo parecendo que não, isso acontece. Nós tivemos a felicidade de termos um grupo bem orientado e estável, que conseguiu ir atrás dos seus objetivos e rapidamente os conseguiu,. Muita outras equipas que trocaram de treinador e depois trocaram também muitos jogadores, não ganharam essa estabilidade. Eu já referi que acho as quatro equipas de baixo não podem ter tanta diferença de pontos, porque são consistentes em termos de plantel. Não me cabe a mim olhar para aquilo que não aconteceu para que eles não tenham essa estabilidade. Fizemos o nosso trabalho, mas as três últimas equipas têm um plantel que podia ser e também que devia ser mais competitivo e que encurtasse de distâncias. Do 10º lugar para baixo, as equipas são muito iguais.”
COMPETÊNCIA DO ADVERSÁRIO: “Acho que o FC Famalicão, desde a primeira volta, foi possivelmente a equipa que mais evoluiu para um patamar de quase excelência. É uma equipa agressiva, que joga no campo todo, que consegue pressionar o adversário. É uma equipa agressiva quando tem bola, porque não demora muito na sua circulação, tem jogadores na frente com capacidade para atacarem o espaço, capacidade também quando a bola entra no meio campo ofensivo. Têm desequilíbrio a nível individual, uma equipa competente a atacar por fora, porque os seus laterais têm uma importância grande quando chegam ao último terço ou perto dele… Nós temos de fazer pela vida e tapar essas virtudes que tem o adversário. Assim sendo, não podemos deixar que o adversário entre em meio-campo ofensivo. Ou seja, temos de apertar à frente, algo que não foi feito na primeira parte do jogo em casa do Vitória SC, precisamos de capacidade para nos readaptarmos quando, por mérito, o adversário elimina a primeira e segunda linha de pressão, temos de defender bem baliza, porque o adversário através do cruzamento é uma equipa forte , que tem um avançado que domina isso. E temos ainda de perceber também que o FC Famalicão, quando não tem bola e o adversário consegue fazer a sua equipa dançar, também tem problemas. Na primeira volta, na segunda parte, conseguimos fazer isso através de algum ataque de segunda vaga, onde incorporávamos o nosso lateral de trás para a frente. O Famalicão tem jogadores fortes no duelo a nível defensivo, mas que carecem de alguma dificuldade quando a bola anda pelo chão. Foi o que tentámos fazer. Tentamos explicar à nossa equipa que o adversário tem coisas muitíssimo boas, mas como todas as equipas também tem alguns pormenores não tão bons. Nós vamos tentar explorar isso.”
DEFESA DO FC VIZELA: “Principalmente nos jogos frente ao Vitória SC e aos SC Braga, eu acho que não defendemos bem à frente. Quando defendemos bem, tornamo-nos uma equipa muito mais compacta, que cede menos espaço e tempo para o adversário desenvolver as suas ações. Por norma, não encontram espaço para criação de oportunidades. Quando nós fazemos isso bem, quando nos tornamos fortes na primeira e na segunda fase de pressão, somos uma equipa muito forte, porque os nossos defesas também são bons e competentes, mas a nossa defesa e o nosso meio-campo carecem de um bom desempenho à frente. Muitas vezes isso não acontece pelos tempos de pressão.”