Numa partida aguardada com grande expetativa pelos adeptos, que se fizeram representar em bom número no Campo Cruz do Reguengo, Vilaverdense e FC Vizela repetiram o resultado que se registou na primeira volta, ou seja, um empate sem golos.
Uma entrada mais determinada por parte dos vizelenses, que rapidamente se instalaram sobre o meio-campo do adversário, transmitia a ambição da equipa comandada por Carlos Cunha.
Contudo, seria o Vilaverdense, através de transições rápidas, a conseguir criar os primeiros lances de perigo, praticamente sobre o quarto de hora de jogo. Joel e Henrique Gomes, com dois remates a rasar o poste, testaram a atenção de Pedro Albergaria.
Entretanto, aos 20’, numa insistência do ataque vizelense, João Paredes dispôs de excelente situação para fuzilar a baliza contrária, após cruzamento da esquerda, mas o remate não saiu nas melhores condições. Logo a seguir, num lance que envolveu novamente João Paredes, ficou a ideia de que Ibraima terá desviado o esférico com a mão dentro da área.
Apesar do sinal mais do FC Vizela, dono da maior posse sobre o esférico, mas com dificuldades em penetrar na área do Vilaverdense, os da casa, em contrarresposta, voltaram a levar o perigo junto da baliza de Pedro Albergaria. Aos 34’, após defesa incompleta do guarda-redes azul e branco, foi Weliton a efetuar o corte no momento certo.
Durante a primeira meia hora de jogo, dizer que várias jogadas do FC Vizela foram interrompidas pelo árbitro Fernando Cunha por supostas cargas faltosas pouco ou nada evidentes.
Até que, aos 42’, Felipe Augusto lançou João Paredes em profundidade e este seria derrubado por Ibraima, quando se preparava para ficar com a baliza à sua mercê. Consequência disso, o jogador do Vilaverdense foi expulso e, do livre resultante, Joni atirou por cima.
Pensava-se então que a perda de um jogador tão influente na manobra dos da casa poderia representar um fator importante para o FC Vizela no segundo tempo.
Não foi bem assim, apesar do cariz do jogo ter mudado ligeiramente. Se, por um lado, a formação de Carlos Cunha confinou completamente o adversário ao seu reduto defensivo, este, por outro, respondeu com duas linhas (uma de 4 e outra de 5) muito compactas.
Ainda assim, o FC Vizela tentou furar aquela organização desde os minutos iniciais do recomeço, mas o auxiliar de Fernando Cunha vislumbrou um fora-de-jogo inexistente a Felipe Augusto. Caso contrário, estaríamos perante um lance iminente de golo, aos 50’.
Pouco depois, já com André Pinto em campo, o mesmo Felipe Augusto rematou ligeiramente por cima, na sequência de um cruzamento bem medido de Amian.
Com João Paredes a revelar enorme pujança física, desbravando caminho pelo lado direito, seria precisamente o “camisola 9” a propiciar a jogada que resultou no remate de Joni por cima (65’).
Durante largos períodos da segunda parte, “alugou-se” meio-campo. O Vilaverdense sabia que, a jogar com 10, se quisesse subir no terreno com a rapidez de processos que se lhe reconhece, isso seria certamente fatal. Por isso mesmo, não o fez e o FC Vizela sentiu maiores dificuldades.
Entretanto, Carlos Cunha refrescou a sua linha ofensiva, promovendo as entradas de Aziz e Carlos Fortes. O segundo, há poucos minutos em campo, teve duas soberanas hipóteses para marcar.
A primeira aos 77’, quando cabeceou por cima, após brilhante assistência de Joni. A segunda aos 79’, após cruzamento de Amian, mas o remate saiu enrolado.
Nesta fase, o FC Vizela procurava chegar ao golo de todas as maneiras. Realce para a entrega dos jogadores nesse plano, faltando-lhes apenas melhor definição no último toque.
Aos 80’, João Paredes antecipou-se a Nené, porém o esférico não seguiu o caminho da baliza deserta, pois Pedro Freitas saiu-se ao lance.
Praticamente sobre o final do tempo regulamentar, aos 88’, Joni teve uma excelente oportunidade nos pés, depois de uma jogada de Aziz pelo lado esquerdo. Pedro Freitas defendeu.
Para a história ficou o segundo empate entre estas duas equipas no campeonato, numa jornada 19 que viu o Fafe aproximar-se da liderança.
São agora 6 os pontos de vantagem (mais o confronto direto) do FC Vizela sobre o velho rival das últimas épocas. Os azuis e brancos seguem ainda invictos em 2017/18 e só têm a companhia do FC Porto neste capítulo, no que respeita às competições internas.
No próximo domingo, dia 11 de Fevereiro, às 15:00 horas, o FC Vizela prosseguirá a sua luta pela subida à 2.ª Liga com uma receção ao vizinho S. Martinho.
FICHA DE JOGO
Local: Campo Cruz do Reguengo (Vila Verde)
Árbitro: Fernando Cunha (AF Braga)
Assistentes: Lázaro Martins e José Ribeiro
VILAVERDENSE: Pedro Freitas; Elísio, Vinícius, Nené (C) e Henrique Gomes; Ibraima, Latyr Fall e Fausto; Rafa Miranda, Joel Silva (Zé Pedro, 70’) e André Soares (Isaiah, 89’).
Suplentes não utilizados: Bruno Martins, Mário Paula, Syamer e Dominic.
Treinador: António Barbosa
FC VIZELA: Pedro Albergaria; João Pedro (C), João Cunha, Weliton e Amian; Evrard, João Oliveira (André Pinto, 55’) e Joni; João Paredes, Correia (Carlos Fortes, 73’) e Felipe Augusto (Aziz, 68’).
Suplentes não utilizados: Rafa, Diogo Lamelas, Miguel Oliveira e Dani.
Treinador: Carlos Cunha
Cartões Amarelos: Pedro Freitas (42’), Vinícius (85’) e Henrique Gomes (86’).
Cartão Vermelho: Ibraima (42’).