“A equipa que melhor jogou não subiu”

Em declarações na flash, Fábio Pereira demonstrou orgulho pelo trabalho desenvolvido, pela forma como os jogadores evoluíram ao longo dos meses, sublinhando a ideia de que a equipa que melhor futebol praticou não subiu de divisão.

O treinador do FC Vizela fez um agradecimento especial aos adeptos que voltaram ao estádio e contribuíram com um forte apoio em todos os momentos, até para lá do derradeiro apito desta temporada, que não terminou da forma que todos os vizelenses desejavam.

MOMENTO DIFÍCIL: “A primeira palavra é de agradecimento aos adeptos. Eles é que nos foram empurrando ao longo das jornadas. Eles é que nos foram dando aquela energia positiva, semana após semana, nos jogos em casa, nos jogos fora, no domingo de Páscoa em Tondela. São muitas as histórias felizes que vamos ter para contar. A última não foi a que queríamos. Estou orgulhoso do trabalho dos jogadores, orgulhoso pela forma como nos apresentámos nestes dois jogos. A querer ser uma equipa personalizada, uma equipa com quem os adeptos se identificaram ao longo destes meses. Infelizmente, a sorte foi madrasta em ambos os jogos. Ainda neste jogo, tivemos uma entrada muito forte, apenas com o AFS a criar algum frisson no primeiro minuto, mas depois com a equipa a querer jogar, a perceber onde tinha o espaço para aproveitar. Chegámos ao 1-0 e, num lance infeliz e fortuito, o AFS acabou por empatar o jogo. Isso desestabilizou um bocadinho, voltámos à procura do resultado, a querer ter bola e a jogar. Foi sempre esse um dos nossos grandes princípios ao longo da época e fomos iguais a nós próprios. Não tivemos sorte nos dois jogos, mas, em 22 jogos disputados, perdemos a primeira mão do play-off. Apesar de o dia não ser o mais feliz de todos, temos motivos para estar contentes com o trabalho que fizemos e eu estou muito orgulhoso dos jogadores, muito grato ao FC Vizela e aos seus adeptos.”

IMAGEM DA ÉPOCA: “Muito felizes e orgulhosos pelo nosso trabalho, orgulhosos essencialmente pelos jogadores. Sentimos a evolução que tiveram ao longo destes meses, sentimos a alegria que eles nos transmitiam pela forma como foram jogando ao longo das semanas. É o principal troféu para todos os treinadores, ver os jogadores sentirem-se valorizados pelo trabalho que fizeram connosco. Terminamos a época a sentir que fomos úteis no seu desenvolvimento, a sentir que, apesar de tudo, as pessoas voltaram ao estádio para apoiar a equipa, a acreditarem que era possível fazermos um pequeno milagre. Tentámos tudo, a verdade é essa. Fica um amargo de boca porque sabemos o que passámos ali dentro, o que trabalhámos, o que fizemos ao longo destas semanas todas, mas o sentimento é esse, este final não belisca em nada o que fomos fazendo. As pessoas gostaram do futebol que apresentámos e vou voltar a dizer pela última vez, infelizmente a equipa que melhor futebol jogou na II Liga não subiu de divisão.”

CRESCIMENTO DA EQUIPA: “Foi numa situação bastante negativa que encontrámos os jogadores quando cá chegámos. A alegria e o prazer foram tendo ao longo as semanas e eu disse-lhes no balneário, no dia em que cheguei, que tinha a certeza de que íamos ser felizes no final. Não fomos de uma maneira, mas fomos de outra. Estamos muito felizes por aquilo que fizemos, mas tristes pelo resultado. Toda a gente aqui queria muito subir de divisão. Os detalhes ao longo do nosso percurso trouxeram-nos para este play-off. Podíamos ter resolvido as coisas antes. Também aí não tivemos sorte com o autogolo no jogo com o Viseu a tirar-nos essa possibilidade, mas fomos uma equipa que acreditou sempre, foi sempre atrás, fiel aos seus princípios, quis jogar respeitando o futebol, as pessoas que pagam o bilhete e assistem a um espetáculo. Até desse ponto de vista fomos os verdadeiros vencedores deste campeonato.”

Confira no vídeo as declarações completas de Fábio Pereira na conferência pós-jogo.

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