Sub-19: Figuras e destaques de uma época dura

A formação vizelense chegou à última jornada viva e com esperança na manutenção, mas acabou a descer de divisão. Os factos, as figuras e os destaques em jeito de balanço.

Um pouco à imagem da equipa principal, os juniores acabam por não corresponder às expectativas e também desceram ao segundo escalão nacional. Os altos e baixos ao longo de toda a época levaram os minhotos até à fase de manutenção, onde, infelizmente, não foram bem-sucedidos. Durante a temporada 23/24 os vizelenses foram comandados por 3 treinadores: João Pacheco transitou da época passada e voltou a assumir projeto. Em 14 jogos somou 4 vitórias, 3 empates e 7 derrotas. Seguiu-se Hugo Simões, que de forma interina esteve ao leme da equipa em 6 ocasiões e registou 2 vitórias, 1 empate e 3 derrotas. Por fim, Marco Bastidas liderou o grupo até ao término da época. O início foi prometedor, mas as 4 derrotas nas últimas 4 jornadas foram a sentença final para os vizelenses. No total foram 16 encontros disputados por Marco Bastidas, com 5 vitórias, 3 empates e 8 derrotas.

A primeira fase do Campeonato Nacional de Juniores dos nossos sub-19 até começou com um triunfo caseiro sobre o Gil Vicente (3-2). Na verdade o arranque de temporada parecia promissor, com 3 vitórias e um empate nas primeiras 6 jornadas, mas o pior estava por vir. Seis jornadas seguidas sem vencer deixaram a equipa numa situação complicada, que não mais se alterou. O Vizela terminaria a primeira fase em 10º lugar (entre 12 equipas) sendo forçado a enfrentar a fase de manutenção já numa situação difícil.

Já na segunda fase, o objetivo não era simples, pois a fuga à descida obrigava a terminar entre os três primeiros classificados dos oito participantes. A vitória vizelense na receção ao Paços de Ferreira (4-2) no arranque da fase de manutenção lançou a equipa num espírito otimista, que teve reflexo nos jogos seguintes: 17 pontos em nove jogos. Neste momento quer pelos resultados quer pelo futebol praticado, tudo indicava um futuro risonho para os nossos juniores, mas tal não aconteceu. Inexplicavelmente, a equipa quebrou na reta final: perdeu em casa com o Marítimo depois de estar a ganhar 2-0. Perdeu em Barcelos contra nove jogadores, perdeu novamente em Lourosa e chegou à última jornada obrigada a vencer o GD Chaves, mas foram os transmontanos quem conquistou os 3 pontos (1-2).

Individualmente há vários jogadores merecedores de destaque, mas vamos por partes. No setor defensivo José Sampaio, chegou (no início de temporada) e conquistou lugar cativo no centro da defesa vizelense. Na conta pessoal esteve presente em 33 encontros (30 pelos sub-19, 2 pelos sub-23 e 1 pelos sub-18) e apontou 4 golos, tornando-se no 5º melhor marcador da equipa. Já no meio-campo, Pedro Ramos destacou-se e foi um autêntico trunfo em vários momentos da temporada. Dotado tecnicamente e com excelente poder de decisão o médio está entre o top 3 de atletas com mais jogos disputados nesta equipa (33 jogos) e teve ainda oportunidade de se estrear (e logo a titular) pelos sub-23. Contudo, o maior destaque vai para os 12 golos apontados, melhor marcador da equipa. Gonçalo Malheiro foi o único da equipa a somar minutos em todos os 36 encontros da época. No total foram 2806 minutos em campo de Rainha ao Peito e 10 golos marcados, fazendo dele o segundo melhor marcador dos minhotos, atrás apenas do, já mencionado, Pedro Ramos. Ari foi o terceiro goleador e também se fez notar, pela técnica e velocidade. Messias foi outro dos destaques, mas só jogou metade da época e andou entre as três equipas principais do FC Vizela. Constantinescu não começou bem, mas viveu uma fase fulgurante nos primeiros meses de 2024 e conseguiu mesmo estrear-se na seleção de sub-19 da Roménia.