“Focados no que podemos controlar”

Rubén de la Barrera prefere não fazer contas à classificação e apontar exclusivamente à tarefa do FC Vizela no jogo de sábado (15h30) com o Rio Ave FC.

O treinador do FC Vizela abordou o jogo da 31ª jornada em Conferência de Imprensa e apontou à competitividade de um adversário forte a quem não é fácil alguém ganhar. O FC Vizela entrará em campo com esse intuito e focado muito mais na tarefa do que na consequência que os três pontos poderão ter. Apesar da situação difícil na classificação, a semana de trabalho é sempre para dar o máximo.

SITUAÇÃO COMPLICADA NA LIGA: “Infelizmente não dependemos de nós. O que depende de nós é o jogo de amanhã, o nosso rendimento, o que podemos fazer. É nisso que estamos focados. O que podemos controlar é o que vamos fazer amanha, por isso é o importante.”

ANÁLISE AO ADVERSÁRIO: “O Rio Ave tem uma identidade clara, reforçou-se bem em janeiro e os resultados certificam isso. Preparámos bem o jogo, espero que corra tudo bem. É uma equipa que circula a bola com inteligência, tem boas movimentações, gente forte, com boas pernas e capacidade para ajudar e multiplicar esforços. Mais que a fortaleza defensiva, pode ser a solidez do seu jogo que lhe permite sofrer poucos golos. Tem dificuldades evidentes para ganhar de form assídua, mas o que faz impede os rivais de lhes ganharem com facilidade. É uma equipa com bons jogadores e, repito, reforçou-se bem em janeiro. É uma equipa agressiva defensivamente, salta, assume duelos… Temos de saber interpretar essa defesa para lhes causar danos. E depois organizarmo-nos bem, porque têm jogadores importantes no contra-ataque. Têm capacidade de fazer dano com bola e recuperá-la depois. Vai ser um jogo rico taticamente. Temos de fazer um jogo altamente inteligente.”

EXPECTATIVAS PARA O JOGO: “Competir e jogar bem. Se for assim estamos em condição e disputar todos os pontos que restam jogar. Isso é o que está na nossa mão e a nossa responsabilidade é fazê-lo.”

ERROS INDIVIDUAIS: “Não podemos focar os resultados num erro. Mas, às vezes, determinadas circunstância impedem que os bons momentos que acumulamos coletivamente nos permitam ganhar jogos. Os erros fazem parte do futebol, assumimos isso, mas claramente pretendemos minimizar esses erros, porque em alta de competição isso marca e determina completa e absolutamente as diferenças. Vamos tentar reduzi-los para que aquilo que façamos coletivamente nos permita ganhar e somar mais. Tudo tem a ver com tudo, nada é mais importante que nada. Mas claro que os erros condicionam os resultados muitas vezes e contaminam a visão do que se faz.”

GESTÃO DE SEMANAS APÓS DERROTAS: “Assumimos cada semana a partir daquilo que representa este desporto para nós, é a nossa paixão. Independentemente das circunstancias, não podemos baixar a guarda. Pelo contrario, cada dia que passa é um desafio para crescer e evoluir. Vai ser assim ate ao ultimo dia que eu treine, não apenas aqui, mas em qualquer lugar.”

MUDANÇAS CONSTANTES NO ONZE: “Tem a ver coma tomada de decisão. Colocamos o foco em ganhar todos os Jogos. Temos uma semana de treinos e, com base nisso, decidimos. Essas decisões baseiam-se em vários aspetos concretos, variamos muito a a forma de tacar, defender, de comunicar, de treinar. Isso passa por dar a volta a várias situações com que se convive. Isso é uma das das principais funções de qualquer treinador.”

CONSCIÊNCIA TRANQUILA: “Tenho a consciência muito tranquila, deixo a vida todos os dias pelo clube e por cada um dos jogadores. Em termos de treino, liderança, preparação do jogo e gestão do próprio, é onde tenho de intervir. Mas, claro, para ganhar um jogo influem diferentes variáveis. Quando se ganha, justifica-se tudo o que faz, independentemente de ser bom ou nao tão bom. Quando se perde, o trabalho de um vai ser assinalado, é objeto de discussão. É natural neste desporto, mas o que cada um tem de ter claro é o que faz ou o que deixa de fazer todos os dias. Nisso estou tranquilo, dorido pela situação, porque acho que o trabalho que fazemos é bom, mas os resultados não tem chegado.”