Em conferência de imprensa, após a derrota pela margem tangencial (3-2) sofrida ao oitavo minuto do tempo adicional, Pablo Villar referiu que esta foi “dolorosa”, porém, destacou o lado positivo do jogo da sua equipa, especialmente, o grande desempenho da segunda parte, que permitiu recuperar da desvantagem e acreditar em algo mais.
DUAS PARTES DISTINTAS: “Ao intervalo, estivemos a falar dos erros que cometemos na primeira parte. Nunca deixámos de acreditar. A equipa deu um passo em frente, marcámos o primeiro, continuámos em busca do empate e com o 2-2 queríamos ganhar. É uma pena que nesta última jogada tenhamos perdido o jogo. Acreditámos que podíamos chegar ao terceiro. É difícil perder assim, mas o esforço dos jogadores foi fantástico, sobretudo no segundo tempo. São derrotas dolorosas, mas temos de construir a partir disto.”
ENTRADA FORTE DO SPORTING: “Não tínhamos dúvida nenhuma que o Sporting iria entrar fortíssimo em casa, o ambiente que nos ia esperar, depois da pré-época que tiveram e que foi muito boa. Esperávamos isso e tínhamos de sofrer muitíssimo nos primeiros 30 minutos. A tê-los muito perto da nossa baliza. Não foi tanto isso, mas sim erros que cometemos, especialmente no segundo golo, com uma perda de bola. Destaco a resposta da equipa. É difícil perder e claro que depois do 2-0 pensava-se que podia aparecer o terceiro, o quarto, etc., mas tivemos a coragem, especialmente os jogadores, de ir em frente até ao final. São derrotas difíceis, mas construtivas.”
SABOR AMARGO: “Se pensarmos como foi o segundo tempo, sem dúvida que sim. Com o 2-2 nos últimos minutos eu tinha a sensação de que podíamos chegar ao terceiro golo. Então fica difícil perder assim. São momentos que temos de gerir, de construir, apoiarmo-nos e continuar a crescer como equipa. Estou certo de que o vamos fazer.”
PROMESSAS: “O que podemos prometer é que vamos continuar a trabalhar para seguir como equipa e chegar àquilo que queremos como modelo de jogo, de forma que os adeptos se sintam identificados com a equipa. Dar bons espetáculos de futebol. O plantel não está fechado, temos de incorporar jogadores com caraterísticas que ainda não temos no plantel e que nos vão ajudar a crescer. Não esquecer que tudo isto é um processo.”
PRESSÃO ALTA: “Os jogadores do Sporting têm o modelo de jogo muito bem interiorizado. É mais que uma época a trabalhar neste 3-4-3. Quando metem jogadores entre linhas, é muito difícil. Sem bola, o que queríamos fazer era reduzir esse espaço, entre os jogadores da mesma linha, depois modificámos um bocadinho tendo três jogadores para que já não tivessem tantas linhas por dentro, para jogar mais por fora e variar o jogo. Mas, em muitos momentos, devido à alta qualidade dos jogadores do Sporting, nem sempre foi possível não podes.”
GYOKERES: “É um jogador novo no Sporting, mas custou 20 milhões de euros, talvez o orçamento das três épocas do FC Vizela na 1ª Liga. O que vamos falar dele? É um jogador excecional, maravilhoso, que vai marcar a diferença. Os nossos dois centrais, que eu acho serem dos melhores do campeonato, tiveram dificuldades porque é um avançado excecional.”
FRAGILIDADES DO SPORTING: “Sabíamos que o Sporting tinha fragilidades nalguns espaços intermédios. No primeiro tempo, não fomos capazes de chegar a esses espaços porque perdíamos a bola muito rapidamente. No segundo tempo, dando um passo em frente, fomos mais agressivos e, tendo mais personalidade com bola, já pudemos conectar jogadores entre linhas para jogar por fora ou ir fora para entrar dentro. Pouco a pouco, fomos tendo muitos momentos perto da baliza do Sporting, algo que não é normal que aconteça em Alvalade.”