O internacional guineense de 25 anos de idade é proveniente do CD Feirense e reforça a frente de ataque do FC Vizela, onde já se encontra Iker Unzueta. Jardel assinou contrato válido por três temporadas, até 2026, e promete dedicação, humildade e compromisso.
Será a estreia do móvel avançado na I Liga, ele que deu nas vistas em Santa Maria da Feira, acumulando experiência importante nos campeonatos profissionais.
Jardel é alcunha de Esmiraldo Sá Silva, mas é também nome de craque. E os números do seu passado recente sustentam essa ideia: foi o melhor marcador do CD Feirense, a par de André Rodrigues, com 11 golos, aos quais se juntam ainda três assistências vitoriosas. Forte no um para um, na desmarcação, remate fácil e uma forma bastante peculiar de executar grandes penalidades (sem balanço) são algumas das caraterísticas que fizeram de Jardel um bom nome a ter em conta na última edição da II Liga.
Antes de representar a turma fogaceira, Jardel destacou-se no Leça FC, depois de experiências no país vizinho, onde concluiu a sua formação no Deportivo (La Coruña), passando depois pela equipa ‘B’ dos galegos, Valladolid ‘B’, Algeciras e Mérida, mais a sul da península ibérica. Ainda na formação, Jardel curiosamente começou no futsal do Zona Sul, enveredando depois pelo futebol nas escolas do GDR Portugal, Barreirense e Rio Ave.
Jardel é internacional pela Guiné-Bissau, tendo ajudado a sua seleção a garantir o apuramento para a CAN, a par da Nigéria de José Peseiro. Companheiro de Manuel Baldé, este novo reforço do FC Vizela reencontrará o jovem guarda-redes no balneário.
Questionado sobre as razões que o levaram a aceitar o FC Vizela como o passo certo para a estreia na divisão maior do futebol português, Jardel não tem dúvidas: «O FC Vizela é um clube com muita história. Conheço o clube há mutos anos, até porque alguns dos meus ex-companheiros já jogaram aqui. Inclusive um amigo meu pessoal já jogou aqui e sempre me falaram muito bem do clube. O FC Vizela tem feito bons anos na I Liga. É um clube que está em fase crescente e com certeza conseguiremos alcançar coisas boas aqui», destacou o jogador.
Para isso, Jardel acredita que os últimos dois anos em contexto de prova supercompetitiva serão importantes e as expetativas são as melhores: «A II Liga é muito competitiva. Há equipas que podem muito bem competir na I Liga. Estes dois anos ajudaram-me a crescer bastante como jogador. Acho que vai ser mais fácil a adaptação aqui na I Liga», afiançou.
«Venho aqui para tentar ajudar o clube e a mim próprio. Obviamente que, quanto melhor estiver o clube, melhor será para nós, jogadores. Se tudo correr bem, faremos um bom ano e todos sairemos a ganhar no final», acrescentou o atacante.
Quem acompanhou a sua carreira recente, certamente não se surpreenderá com o seu jeito tão peculiar de transformar penalidades em golo. Jardel explica: «Acabou por ter uma repercussão muito grande. Algumas pessoas podem pensar que é para o estilo, mas não. Treinei e acreditei muito no que estava a fazer. Sempre que bati desta forma marquei, falhei apenas uma vez. É uma forma efetiva de bater penáltis e mesmo os feedbacks que tive com os guarda-redes foram positivos. Batendo bem é quase impossível agarrar aquele penálti», garantiu.
Meta de golos não traça, porém, Jardel promete trabalhar em prol da equipa e marcar golos como tanto gosta sempre que possível: «Normalmente, deixo a maré levar. Não vou dar aqui uma meta, mas tentarei fazer o máximo de golos possível. Tentarei fazer com que a equipa saia sempre vencedora e que possamos estar o mais acima possível», salientou.
«Podem esperar o mesmo que fiz no passado: dedicação, humildade e compromisso. Vou tentar fazer sempre o melhor para a equipa, para o clube e para que, no final, possamos sair todos a sorrir», prometeu Jardel em jeito de mensagem para a massa associativa.