O treinador do FC Vizela mostra-se confiante para o próximo jogo frente ao FC Paços de Ferreira (sábado, 18 horas), mas alerta para um adversário que vale mais do que a pontuação que tem.
Apesar de o Paços de Ferreira estar no penúltimo lugar da tabela classificativa, Tulipa diz que a sua equipa não pode dar espaço ao adversário. O desafio para o Vizela é atingir já amanhã o objetivo dos 42 pontos e isso obriga a ser competente. Repetir os comportamentos de Arouca seria um bom sinal, mas melhorando o resultado, claro. O técnico do Vizela falou esta tarde em Conferência de Imprensa.
META DE 42 PONTOS: “Olhamos para trás, para aquilo que tem sido a nossa história. No último jogo não nos agradou o resultado, mas os comportamentos foram do nosso agrado. Temos de trazer grande parte desses comportamentos para este jogo, melhorá-los, afinar a última chegada à zona de baliza. Queremos apenas melhorar o resultado, porque ele não foi condizente com o que foi a nossa prestação. Temos de entender que estamos a falar de um adversário com dificuldades no campeonato, que não merece estar a uma distância tão grande de equipas muito iguais, mas não nos interessa olhar muito para eles, interessa-nos olhar para nós. Percebemos que na primeira volta tínhamos uma diferença pontual de 12 ou 13 pontos para eles, aumentamos a nossa vantagem para 22 pontos. Portanto, há aqui um crescimento da equipa e nós queremos ir atrás disso, de estar seguros, confiantes até ao final e alcançar rapidamente o objetivo dos 42 pontos para igualar a primeira volta, mas acima de tudo para respondermos com mais números e com mais exibições condizentes como esta última em Arouca.”
ADVERSÁRIO CONSISTENTE: “Não posso olhar muito para os resultados, eu analiso o comportamento do adversário no seu todo. O FC Paços de Ferreira faz muitas coisas bem e há uma boa ideia de jogo, coletiva, alguns jogadores com destaque a nível individual pelo que foram, nomeadamente o Gaitán, pelas coisas que descobre e pela segurança que tem em jogo, bem como outros jogadores novos, mais jovens que trouxeram qualidade à frente de ataque e ao meio-campo. Eu olho para uma série de comportamentos que eu vejo que são assertivos, bem pensados em função da qualidade dos seus jogadores, mas não deixa de ser uma verdade que não serviram para a conquista de pontos. Nós também não queremos que eles façam esses pontos aqui, queremos que repitam outra vez desaire, que não estejam bem comparados a nós, mas o que é certo é que as últimas 3 equipas tenham uma diferença tão grande em relação às outras que já têm alguma estabilidade e que já há algumas delas que garantiam a permanência na 1ª divisão como nós.”
DIFERENÇAS PARA O ÚLTIMO JOGO: “A posição requer que o FC Paços de Ferreira seja uma equipa de iniciativa, que procure constantemente a vitória e o ataque. No último jogo, perante a posição ocupada, o FC Arouca mostrou uma maturidade muito grande, porque possivelmente nenhuma outra equipa conseguiu fazer aquilo que fizemos lá, instalamo-nos no meio campo deles, jogamos lá, tivemos 78% de posse de bola na segunda parte contra 22%. É uma diferença muito grande, que costuma ser habitual nas equipas grandes que lutam para serem campeãs. Mas mesmo perante esse cenário, eles sentiram-se confortáveis. O Arouca é uma equipa que se habitua a estar a defender perto da sua baliza e isso é um sinal de maturidade da parte deles. O FC Paços de Ferreira já não é uma equipa tão forte nesse aspeto. É uma equipa que gosta de pressionar os adversários a meio campo, é inteligente, lida bem com a profundidade nas costas e nós percebemos que vai haver um jogo antes do nosso [Marítimo-Vitória SC] que pode ter uma influência grande para a classificação do nosso adversário, porque neste momento o Paços discute uma posição de play-off. Tudo isso são indicadores importantes para uma equipa que perante esta situação adversa de resultado deve estar intranquila. Tudo isto mexe, mas o que me apraz dizer é que teremos um adversário consistente, com algumas baixas, porque perdeu três jogadores por cartões, mas será com certeza uma equipa competente e forte. Se nós lhes dermos iniciativa, eles vão mandar no jogo e vão saber lidar com isso. Temos de ser uma equipa agressiva, que quer muito ganhar duelos para depois controlar o jogo, ficar com bola e deixarmos o adversário em dificuldade perante o nosso jogo posicional. Ssenão vamos encontrar dificuldades para nós.”
VIZELA FOI A EQUIPA DO ANO NA GALA DO DESPORTO: “O FC Vizela é um clube que tem crescido nos últimos anos. É o segundo ano consecutivo que garante a permanência na I Liga. Ou seja, gerou estabilidade de um ano para o outro. Temos garantido isto há algum tempo e isso é bom. Temos uma diferença pontual grande por comparação também com a última época e isso é mérito de toda a gente, porque toda a gente trabalha em prol do enriquecimento do clube, todos dão o seu máximo, pois não chegar dar apenas metade. Os resultados aparecem quando nós temos esse entusiasmo e quando temos esse compromisso. Há uma margem boa para crescer se fizermos reflexões e soubermos qual é o plano e qual é o caminho. Temos ainda uma massa adepta que se entusiasma com cada jogo do clube e o facto dos clubes terem adeptos é muito importante.”