Tulipa: “Foi um jogo de competência e sorte”

Na conferência de imprensa de rescaldo ao encontro nos Açores, Tulipa reconheceu as dificuldades impostas pelo Santa Clara, porém, salientou a forma como a sua equipa se foi ajustando às características do jogo para segurar um triunfo especial.

Feliz pela terceira vitória consecutiva, situação inédita na história escrita pelo FC Vizela na I Liga, Tulipa, questionado sobre uma eventual discussão pela Europa, suaviza e aponta antes ao crescimento dos seus jogadores na abordagem a cada desafio.

JOGO DIFÍCIL: “Tinha dito na antevisão que o jogo seria difícil. Se não tivéssemos comportamentos adequados à intencionalidade do adversário e também a um padrão de qualidade demonstrada nos primeiros minutos, iríamos sair daqui com zero pontos. A verdade é que, nesse período, o adversário foi superior. Ajustámos, fomos fortes e solidários a defender e depois, com alguma sorte, através de um ressalto, acabámos por isolar o nosso avançado e fizemos um golo contra a corrente do jogo. Parece-me que, nos primeiros trinta minutos, o Santa Clara foi melhor, depois o jogo acabou por demonstrar alguma intranquilidade no adversário. Houve muito querer por parte deles, mas sem conseguir ligar perto da nossa baliza. Houve poucas oportunidades para eles, nós aqui e ali a ligar com o Osmajic e a poder fazer o segundo golo, que não aconteceu. Acabámos com sorte por materializar aqui mais uma vitória.”

EUROPA: “Não é o objetivo da equipa. O objetivo da equipa é claramente sermos consistentes, sermos melhores a cada dia. Aprender um pouco com as nossas vivências, com os nossos jogos, porque, durante a primeira volta, houve muitos jogos em que fomos superiores aos adversários e, por isto ou por aquilo, não conseguimos ganhar. No final, acabávamos sempre por perder os jogos. Hoje há uma interpretação melhor daquilo que acontece, dos vários momentos de jogo. A equipa na parte final não perde o foco, organiza-se e prepara muito bem os equilíbrios. Estamos a dar passos em frente para nos tornamos mais competitivos e, se pudermos andar mais próximos dos lugares de cima, vamos fazer tudo para isso, não tenho dúvidas. O importante é aquilo que controlamos, os nossos comportamentos, o que fazemos durante a semana, isso depois é o que nos pode revelar se vamos ganhar mais ou menos.”

ABORDAGEM AO ADVERSÁRIO: “O Santa Clara não deixou de querer. Posicionámo-nos bem e obrigámos o adversário a não ter a mesma circulação que teve na primeira parte. Apertámos a saída por fora pelos alas do Santa Clara e a entrada do médio em rutura. Quando controlámos melhor isso, a única opção era eles rodarem por trás e ir ao outro lado ou então bater. Nós controlámos bem. Foi um jogo de competência e sorte da minha equipa.”