O treinador do FC Vizela garante que a equipa está preparada para o jogo com o Casa Pia (sábado às 15h30) e reforçou que o factor casa reforça a ambição de todos.

A preparação para esta jornada não foi fácil, em virtude da ausência de cinco jogadores internacionais e de algumas lesões que desfalcaram ainda mais o grupo. Entretanto a equipa já está recomposta, confiante e de olhos postos na procura da vitória. Foi isso que Tulipa defendeu em Conferência de Imprensa, aproveitando ainda para piscar o olho aos lugares de cima da classificação.

DUAS SEMANAS DE PREPARAÇÃO: “Tivemos duas semanas, mas também muita gente fora e ainda bem que assim o foi, porque é sinal de que o nosso clube tem gente que representa as seleções nacionais. Tivemos gente fora não só a nível da equipa principal, mas também de outros escalões. Após o jogo em Portimão houve alguns condicionamentos, dois jogadores que se lesionaram nesse jogo e outro que foi castigado. Há uma disponibilidade muito grande de toda a gente para estar dentro e para querer ajudar, sabendo de antemão que ainda não temos salvaguardada a posição do primeiro e grande objetivo do FC Vizela, que é garantir a permanência matematicamente. Queremos andar o mais rápido possível para encontrar o número de pontos suficientes para alcançar esse objetivo. Vamos agora defrontar contra uma equipa forte, muito consistente, que se tornou muito robusta em função daquilo que é o seu padrão de jogo e que são as ideias do treinador. O Casa Pia AC é uma equipa muito sólida a defender, tem propósitos muito seguros e práticos quando recupera a bola, não perde muito tempo para atacar a equipa adversária. Assim sendo, planear este jogo é ter algum cuidado com aquilo que o adversário faz – não perdendo aquilo que é nosso – e sabermos controlar o jogo com a nossa qualidade. Acima de tudo, vamos preparar muito bem os equilíbrios no jogo, os momentos de transição, nomeadamente na transição defensiva assegurar sempre gente suficiente para parar o adversário e quando nos dão espaço para a transição ofensiva, sermos letais. Quem gerir melhor os momentos de jogo, em princípio irá ganhar este encontro.”

REGRESSO DOS INTERNACIONAIS: “Reporto ao que é a minha história. Quando temos esta oportunidade de sermos internacionais pelo nosso país – o Ivanildo já tinha sido convocado nas nossas seleções nacionais jovens – acho que qualquer pessoa, qualquer jogador, fica feliz porque é um feito marcante. O objetivo de qualquer jogador é ser internacional pelo seu país. De todos os que estiveram na s seleções, o último a chegar foi o Ivanildo, por questões de logística, de distância e por isso só hoje de tarde é que o teremos connosco. Acho que o estado emocional muitas vezes ajuda para várias coisas, para recuperar mais rápido, abordar a dificuldade de uma outra forma e o Ivanildo é um jogador que tem vindo a jogar com claridade connosco e muito bem. Tive a oportunidade de ver parte dos jogos que fez pela seleção e ele voltou a jogar a um nível muito bom. Esperamos que  esteja em plenas condições para podermos utilizar o jogador.”

IMPORTÂNCIA DE VENCER EM CASA: “É importante vencer em casa. Todos os jogos são importantes, mas no nosso espaço, num espaço onde os nossos adeptos e os nossos jogadores se sentem confortáveis, é importante marcar posição e ganhar. No início da segunda volta começámos com uma vitória sobre o Rio Ave por 3-1, depois tivemos aqui um jogo com o Chaves que empatámos, de forma justa. Seguiram-se dois jogos em que perdemos com equipas maiores, o SC Braga e o SL Benfica. Queremos voltar ao primeiro jogo, voltar a ter competências para conseguirmos os três pontos, para darmos a alegria de vencer aos adeptos, aos nosso jogadores e todo o staff. Acima de tudo queremos cimentar uma posição que nos aproxime dos lugares de cima e nos distancie dos de baixo. Queremos também gerar conforto para regular o nosso campeonato de forma a que mais jogadores tenham oportunidades. Percebo que há jogadores que trabalham bem e não têm sido utilizado e podemos distribuir minutos por esses que trabalham bem e que merecem essas oportunidades.”

DESAFIO DE SUBIR NA TABELA: “Na primeira volta fizemos 21 pontos e regulamos as nossas intenções em função de conseguirmos o mesmo número de pontos na segunda volta para terminarmos por volta dos 42 pontos, o que é meritório no segundo ano do clube na Primeira Liga e seria excelente. Acho que estamos no caminho certo e a andar pelo caminho certo. Mas cada jogo é um jogo. Percebemos que os adversários são diferentes e nós não podemos mudar o nosso padrão, mas podemos trazer a nível estratégico coisas diferentes para o nosso jogo. A nível emocional também é muito fácil poder lidar com isso. Estamos a 16 pontos das equipas que asseguram a permanência e a 6 pontos dos que disputam os lugares europeus. Portanto, é muito fácil arranjarmos um ponto que depois nos permita estimular os jogadores para cada jogo.”

CASA CHEIA DE ADEPTOS: “É bom termos o estádio cheio. O último jogo que foi demostrativo daquilo que os adeptos são capazes de fazer pela equipa, ou seja, ir a Portimão, tanta gente numa deslocação longa. Esse apoio é fundamental. Neste jogo frente ao Casa Pia AC isso vai ser muito importante, porque o adversário também é competente, vai criar algumas dificuldades e é aí que precisamos do estimulo dos nossos adeptos. São eles que nos ajudam a abordar o jogo com segurança, mas também com uma energia diferente para podermos ganhar o jogo.”