TULIPA: “Boa oportunidade para dar um passo em frente”

O técnico do FC Vizela quer voltar aos triunfos já próximo jogo, frente ao Gil Vicente, em Barcelos (sexta, 20h15). A equipa tem ausências, mas há soluções.

O treinador procura a sua primeira vitória fora ao serviço do FC Vizela e perspetiva um jogo muito competitivo. Para ganhar, acredita Tulipa, o Vizela terá de mostrar a garra que tem frente a uma equipa que está na sua melhor fase da época. Samu e Guzzo estarão ausentes, mas existem jogadores aptos para os substituírem. Estas foram as ideias chave que Tulipa apresentou na Conferência de Imprensa de antevisão.

GIL VICENTE PARA REGRESSAR ÀS VITÓRIAS: “É mais um adversário com qualidade que  tem dinâmicas muito interessantes na sua forma de jogar. Para além dessas dinâmicas, que tem a ver com aquilo que é a ideia proposta pelo seu treinador, tem jogadores de nível, de qualidade. Vamos ter um jogo difícil. Claramente percebemos que o adversário também vem ganhando algum protagonismo e solidez. Teve agora uma vitória fora confortável, que lhe deu algum conforto também. Vai ser um jogo bastante interessante, com duas equipas que gostam de jogar e de ter bola, mas esperamos ter sucesso naquilo que vamos propor para jogo. Acho que é uma oportunidade boa para ganharmos e podermos dar um passo em frente para aquele que é o nosso objetivo.”

DIFICULDADES NOS JOGOS FORA DE CASA: “Nós acreditamos que as vitórias são sempre possíveis. É-me indiferente se é fora ou em casa! Cada vez que analisámos um adversário, a tendência é prepararmo-nos para ganhar, sabendo sempre que do outro lado há também as mesmas expectativas e há também qualidade. Nós percebemos que esta é uma fase aguda também em termos de lesões e perdas e jogadores. O adversário também teve esse dissabor no último jogo. Vamo-nos preparar para tudo, prepararmos os jogadores que habitualmente não jogam tanto para estarem com espírito competitivo e focados para poderem render”

GIL VICENTE NA SUA MELHOR FASE: “É uma verdade que os jogadores continuam lá, que têm qualidade… Eu acho que esta equipa do Gil também tem uma história por trás de si, como tem a equipa do Vizela. Ou seja, teve algum tempo com o mesmo treinador, Ricardo Soares, ganhou perfil e um bocadinho do contexto do jogo desse treinador. Aqui e ali foi perdendo algumas coisas e eu acho que neste momento está muito próximo daquilo que fazia na época passada e o levou à Liga Europa. É uma equipa muito interessante, que envolve muita gente na frente, que está no melhor momento porque também jogou com equipas do seu calibre e é importante ganhar esses duelos. O último jogo não foi, na minha opinião, demonstrativo da sua qualidade, porque eu acho que o Famalicão foi efetivamente melhor, mas o Gil acabou por ter felicidade e conquistou os 3 pontos. Eu acho claramente que esta é a melhor fase do nosso adversário, mas temos de contrariar essa melhor fase com solidez na nossa organização. E não falo apenas de organização defensiva, nós vamos lá para querer ferir o adversário, para querer atacar, e eu acho que esta equipa, se não tiver bola, é uma equipa que tem também as suas dificuldades. Assim sendo, a proposta é esta e vamos ver se somos capazes de a executar.”

SAMU E GUZZO INDISPONÍVEIS: “O treino não é um treino de ténis, não é um treino individual, é coletivo. Ou seja, todas as propostas de exercícios e de trabalho são coletivas. Tem de haver uma adaptabilidade de todos os jogadores àquilo que é a ideia, àquilo que é o processo e, por isso, acreditamos que alguns jogadores que ainda não foram muito utilizados têm também condições para fazer bem e ajudarem o clube e a equipa. Tentamos cuidar deles sempre e eu tenho uma preocupação pessoal que é entender muito bem a malta não joga tanto, porque é essa malta que a nível sentimental e emocional está fragilizada. Por isso eu tenho esse cuidado de muitas vezes contactar com eles, falar com eles e fazê-los ver o momento, para quando surgir a oportunidade haver claramente um foco deles e depois um ganho dessa oportunidade”

APOSTA NO TULIPA: “O ganho da aposta no Tulipa vai ser quando tivermos os 34 ou 35 pontos e o objetivo cumprido para esta instituição que bem o merece. Merece porque os adeptos são exigentes, gostam de estar presentes com a equipa, têm ido a todo o lado e nós, com a seriedade do nosso trabalho e da nossa competência, temos de alcançar mais rapidamente aquilo que é o objetivo para esta temporada. A partir daí sim, a aposta foi boa”.