FC Vizela perdeu 2-0 em casa do FC Porto. Excelente organização foi traída no final da primeira parte e, depois, mesmo a terminar e quando a equipa já jogava com dois pontas-de-lança.
O Vizela voltou a deixar boa imagem num palco grande, mas desta feita com menos ocasiões do que nos jogos com o Benfica e o Sporting. O FC Porto foi mais forte e ganhou com justiça, mas a verdade é que nunca foi esmagador, por mérito da consistência vizelense e da excelente organização que manteve o jogo em aberto até aos 86 minutos.
Talvez pela falta de ação dos adeptos de parte a parte – em protesto com algumas medidas das instituições que regem o futebol – até aos 12 minutos, a verdade é que o jogo começou morno e num ritmo muito mais baixo do que aquilo que é normal o FC Porto e o FC Vizela imprimirem. O cabeceamento de Uribe (8′) por cima foi o único safanão na monotonia que depois prolongou durante algum tempo. As equipas estavam encaixadas, embora os dragões com mais bola. Faltou, no entanto, perigo junto à baliza de Buntic. O remate cruzado de João Mário (24′) foi exceção antes do golo que o FC Porto só marcou depois de uma desatenção em que Igor Julião pediu falta de Galeno no roubo de bola, antes de Evanilson se isolar e tocar ao lado para Pepê encostar. Estavam decorridos 41 minutos e assim se fez a diferença antes do intervalo.
No recomeço o FC Porto foi mais agressivo na procura da baliza. O Vizela teve de fechar melhor, mas mesmo assim Evanilson isolou-se aos 51 minutos. Valeu uma grande defesa de Buntic. O guarda-redes croata teve, depois, uma ou outra recolha, uma ou outra saída, mas outra vez nada de muito complicado. Ainda assim, era o FC Porto a carregar mais na procura do golo da tranquilidade, que nunca chegou. E o Vizela começou a acreditar, a ter saídas rápidas para o ataque, mas a ver os seus jogadores constantemente travados, Kiko Bondoso principalmente. Com pouco mais de 10 minutos para jogar, Tulipa lançou Etim e abdicou do terceiro médio para carregar e tentar o empate. O jogo convidava a isso e sentia-se o crescimento do Vizela. A verdade é que a entrada do nigeriano quase surtia efeito. Tomás Silva – outro recém entrado – cruzou bem e o desvio de Etim obrigou à atenção da defesa e guarda-redes portistas. O Vizela acreditava, continuava a chegar-se cada vez mais à frente, mas isso também acabou por expor a equipa e o 2-0 surge precisamente num momento de desequilíbrio, em que João Mário ganha a linha de fundo e cruza recuado para Taremi acabar com o jogo.
Uma palavra final para os adeptos vizelenses, quase 800 e sempre ruidosos e fortes no apoio à equipa. Sem surpresa, portanto.