“Queremos fazer um jogo total”

Tulipa avisa que o Vizela vai a Alvalade (sexta-feira, 21h15) para vencer, independentemente da qualidade do Sporting. Para isso é obrigatório manter a essência ofensiva, mas também proteger a baliza. Reforços já à disposição.

O treinador do Vizela lançou esta manhã o jogo der amanhã em Conferência de Imprensa e aproveitou para explicar a base do trabalho que tem vindo a ser feito. Depois da análise sobre a equipa que orienta, Tulipa também passou os olhos sobre o rival do jogo que fecha a primeira volta da Liga Portugal bwin e falou sobre Lacava e Ortiz, reforços vizelenses para a segunda metade da época.

EXPECTATIVAS PARA O JOGO:  “Sabemos do poderio do nosso adversário e da qualidade do seu jogo, mas queremos ser afirmativos, não queremos mudar as nossas prioridades. Sabemos que para ter bola temos de ter muito bem estruturado o nosso posicionamento, para provocar dificuldades na pressão ao Sporting, que é um dos seus pontos fortes. Temos que ter cuidado nos ajustes posicionais e nas saídas que temos. Esperamos dificuldades mas queremos que o jogo nos corra dentro do nosso padrão. Isso depende do nosso esforço, da nossa confiança.”

VONTADE DE VENCER: “Nós não preparamos jogos para perder. Preparamos jogos para vencer e tentamos usar variáveis que possam provocar surpresas ao adversário. O último jogo é um bom exemplo: talvez o Marítimo não esperasse que nós lhe dessemos um pouco de bola e depois fossemos pressionantes em zonas que achávamos que íamos ter sucesso. Mas não há dois jogos iguais, as duas equipas são muito diferentes. O Sporting tem executantes de excelência, tem um padrão interessantíssimo. Jogando a três, utilizam um central mais alto para funcionar como médio na primeira fase de construção, têm facilidade de chamar o adversário através de combinações. Conhecemos o Sporting, falamos sobre o padrão deles e queremos ter sucesso, mas isso depende muito da nossa atitude, entreajuda, da forma como não cedemos espaços e da forma como quando temos a bola estamos preparados para atacar. Não queremos proteger só a nossa baliza. Queremos fazer um jogo total: proteger a nossa baliza e ferir o adversário”.

SPORTING FERIDO É MAIS PERIGOSO? “Nós percebemos a distância do Sporting para a frente. Eu acho que são dores de crescimento. O Sporting aposta em jovens jogadores, costuma contratar jovens no mercado interno, com uma política de crescimento muito idêntica ao que queremos fazer aqui. Nesse cenário, muitas vezes as equipas não ganham regularidade, pela falta de maturidade dos jogadores. Mas a ideia de jogo é muito boa, o jogo não alterna nem é desvirtuado. Mas há jogadores mais importantes para concretizar isso e às vezes não podem jogar. Imaginem quando perde, por exemplo, ponta-de-lança e lateral, tudo fica mais complicado. Isso é um problema deles, nós temos os nossos, mas acho que é isso que distingue as equipas. Há efetivamente um plantel mais recheado e com maturidade diferente nos outros rivais pelo título que permitem sustentabilidade diferente”.

REFORÇOS PRONTOS A UTILIZAR: “Em termos de inscrições está tudo ok. Podemos levar um deles, o que chegou mais cedo, que possivelmente terá mais hipóteses de estar connosco até por estar no mercado nacional. O Pedro Ortiz só treinou duas vezes, praticamente ainda nem conhece os nomes dos nossos jogadores. São dois jovens. Este mercado é complexo, temos de saber muito bem os passos que damos. A nossa principal necessidade é manter os nossos jogadores chave, que também começam a ter procura por aquilo que estão a fazer. Acho que estamos a jogar bem e a ser apelativos. Estes dois jogadores vêm substituir o Diego Rosa e o Sarmiento. Vamos analisar bem os dois jogadores; um já conheço porque estava na II Liga, o outro já analisei, mas precisa de tempo para se incorporar.

ATAQUE AOS JOGADORES NUCLEARES DO VIZELA: “Os nossos jogadores, os jogadores que também têm uma história com o clube e continuam com rendimento assinalável, são para nós mais importantes e não queremos perdê-los no mercado. Queremos encontrar um ou dois jogadores que possam fazer a diferença por alguma característica que queremos que tenham parta dar mais soluções ao nosso jogo. Mas estamos muito satisfeitos com o plantel que temos, acho que com o tempo vamos descobrir mais talento em alguns que não jogaram tanto e sobre os quais estamos preocupados em desenvolver as capacidades individuais. Acreditamos que podemos encontrar aí sucesso. Mas este mercado é difícil para todos os clubes, especialmente para quem tem menos dinheiro. A nossa base não queremos perder por nada.”

VIZELA À IMAGEM DE TULIPA: “Isto de ser à minha imagem, ou do Pedro ou do Manel, é uma utopia. É à imagem das características dos jogadores e daquilo que eu defendo. O jogar bem não é só saber jogar com bola, é saber jogar em todos os momentos com muita competência. Acho que demos um passo em frente porque a equipa jogava um futebol apelativo e associativo de qualidade, mas melhorou num aspeto que eu acho muito importante, que tem a ver com a transição e organização defensiva, recuperar a bola não tão baixo, mas mais à frente. Foi isso que propusemos, mas nunca desligado das características dos jogadores. Mas isso demora tempo, as coisas não acontecem numa semana ou em duas, mas os jogadores envolveram-se nisso e efetivaram isso e não perdemos a essência anterior. E também olhamos muito para o desenvolvimento individual do jogador, para ele andar perto do seu rendimento máximo”.