Completou 119 jogos pelo FC Vizela e tornou-se no treinador com mais jogos ao serviço do clube. “Gratidão” e “orgulho” são as palavras de ordem que deixa a todos os vizelenses, a quem apelida de “o motor da equipa”
Depois de ter deixado para trás Ricardo Soares, Álvaro Pacheco passou agora Carlos Garcia e tornou-se no treinador com mais jogos ao serviço do FC Vizela, pelo menos desde há registos organizados. O mítico líder de 51 anos de idade usou a Rainha ao Peito em 119 jogos como treinador principal, superando então os 118 de Garcia. Ricardo Soares (71) completa o pódio. Seguem-se José Romão (62) e Emanuel Simões (54) a fechar o Top5. Álvaro é, também, o treinador com mais vitórias (55) e golos marcados (197). E só não o é em contas percentuais porque a dificuldade de competir, pelo segundo ano em quatro, na I Liga é superior às batalhas disputadas abaixo, onde a maioria dos treinadores citados trabalharam. Ainda assim, o registo global é amplamente favorável.
- 51 vitórias
- 31 empates
- 33 derrotas
- 197 golos marcados
- 141 golos sofridos
No momento em que completa um número tão bonito, Álvaro Pacheco destacou o orgulho e a gratidão. “De uma forma muito sucinta , estes 119 jogos de Rainha ao peito significam trabalho, dedicação, por vezes superação, resiliência, crença e gratidão. Gratidão a todos os que comigo fizeram este caminho – alguns ainda caminham ao meu lado, outros seguiram caminhos diferentes – mas todos contribuíram para esta bonita marca, que me enche de orgulho”, afirmou, antes de explicar como se explica esta longevidade num futebol moderno pródigo a contrariar marcas desta dimensão.
“Quando há 4 anos a direção presidida pelo Dr. Diogo Godinho e pelo Dr. Gonçalo Moreira, juntamente com o Tiago Dias, me apresentaram o projeto Vizela, percebi logo que este seria o desafio que esperava e ambicionava para a minha carreira . Percebi imediatamente que seria um projeto estruturado e objetivo alicerçado em dois pilares essenciais : profissionalismo e estabilidade. Foi essa estabilidade, a todos os níveis, que nos trouxe até aqui”, começou por dizer. “Confesso que tivemos momentos difíceis, as chamadas crises de resultados, mas foram nesses momentos que a diferença se fez notar traduzido num reforço de confiança à equipa e respetiva equipa técnica. Esta longevidade explica-se também, e em larga medida, com o fantástico grupo de profissionais com que tive e tenho a honra de dividir o balneário que nos momentos mais difíceis nunca se esconderam e sempre deram o máximo em prol do clube e seus objetivos. Por último nao podia de deixar de mencionar o motor que puxa pela equipa e que muito contribuiu para o seu sucesso: os nossos adeptos!”, resumiu.
- 47 jogos na I Liga
- 34 jogos na II Liga
- 25 jogos no Campeonato de Portugal
- 12 jogos na Taça de Portugal
- 1 jogo na Taça da Liga
Quatro anos depois, e a uma semana de completar o jogo 120 (vai ser contra o GD Chaves, terça-feira, na Taça da Liga), Álvaro sente-se exatamente a mesma pessoa. Mas não o mesmo treinador. “O Álvaro Pacheco continua a ser a mesma pessoa de há quatro anos, mas agora mais velho. Continuo com a mesma ambição, a mesma paixao, a mesma vontade de fazer melhor, a mesma vontade em evoluir e de conquistar coisas novas. A nível profissional, e pela experiência ganha nos últimos anos , sou hoje um treinador mais preparado para os desafios que se seguirão, sempre com a confiança de que, com trabalho sério e dedicação, poderei alcançar os objetivos que tenho para a minha carreira”, fechou.