Guzzo: “Não sei o que diga da segunda parte…”

O médio do FC Vizela lamentou a postura do Estoril e fez um alerta a todas as equipas e jogadores de equipas da dimensão das duas que se enfrentaram.

Titular pela sexta vez em seis jogos, Guzzo considerou que a má entrada em jogo do FC Vizela deu confiança ao Estoril, mas sublinhou a boa reação posterior que justificaria o empate. Mas, na entrevista rápida à Sport TV, focou o discurso no estado do futebol português e no mau exemplo que se viu na segunda parte do jogo.

“No fundo entrámos algo receosos no jogo, o que permitiu que o Estoril ganhasse confiança. Depois acordámos e após os 20/25 minutos, após golo do Estoril começámos a jogar o nosso jogo, a entrar por fora, por dentro. Tivemos um penálti, não chegámos ao empate que nos podia, depois, catapultar para lutar pela vitória. Na segunda parte não sei que diga, jogou-se muito pouco. Muitas oportunidades nossas, muito pouco jogo. Se queremos crescer tem de começar por nós, equipas pequenas. O que aconteceu aqui hoje… metade da segunda parte não se jogou. Não desculpando, parabéns ao Estoril, marcou mas golos e mereceu, mas se queremos melhorar, temos de mudar a mentalidade, temos de crescer nesse aspeto”, frisou.

“Mais uma vez digo – e isto não serve de desculpa porque devíamos ter feito muito mais – mas no geral, jogou-se muito pouco. Nos descontos acaba por não se jogar outra vez. Isto parte de nós. Se queremos crescer, que o nosso futebol seja reconhecido, temos de fazer muito mais pelo futebol, para haver mais jogo, para o espetáculo ser bonito e para que os adeptos possam desfrutar muito mais”, completou o médio, num discurso muito responsável e interventivo.

Já sobre o percurso do Vizela e as derrotas recentes, a análise fria: “Na Luz foi duro, mas se olharmos para o jogo que fizemos, deu-nos confiança. Estávamos preparados para o Estoril trabalhamos mais, mas cabe-nos trabalhar mais para irmos em busca de muitos mais pontos do que aqueles que temos neste momento”.