A alteração do período de vigência da relação entre Clube e SAD, bem como a análise e votação das Contas referentes ao exercício de 2021 foram os temas dominantes da sessão, tendo o primeiro sido aprovado por maioria e o segundo por unanimidade.
A sala da Casa das Coletividades foi pequena para cerca de uma centena de associados, que participaram na Assembleia-Geral do Clube desta sexta-feira, dia 27 de Maio, uma sessão que durou duas horas e meia.
» Revisão do Protocolo entre Clube e SAD
A extensão do Protocolo que regula as relações entre Clube e SAD foi naturalmente o tema que suscitou maior participação, tendo recebido luz verde da maioria dos associados presentes, apesar de algumas opiniões contraditórias, refletidas nos 6 votos contra e nas 5 abstenções.
Esta extensão por mais 15 anos, na prática até ao ano de 2041, assentava em algumas alterações muito significativas. A primeira é relativa ao tal prolongamento do contrato como contrapartida pelo investimento efetuado nas obras realizadas no estádio, na ordem dos 800 mil euros.
A redução da percentagem resultante da venda de jogadores é a segunda alteração. O valor que antes era de 15% para o Clube baixa agora para os 5%, sendo que, no caso de se tratarem de jogadores com passagem pelos escalões de formação do Clube, a percentagem será de 10%.
Em contrapartida, a SAD passará a assumir todas as despesas relacionadas com a utilização do estádio, uma situação que era até agora repartida pelas duas partes.
Para além disso, a distribuição das verbas angariadas por via da quotização de associados sofrerá também um ajuste. Se até aqui, 60% correspondiam ao Clube e 40% à SAD, ficou aprovado que, doravante, 80% das quotizações ficarão no Clube, sendo os restantes 20% atribuídos à SAD.
O acordo contempla ainda uma distribuição da verba resultante do fundo que a UEFA atribui aos emblemas certificados dos campeonatos profissionais, que não participam nas competições europeias e que têm rondado os 150 mil euros. Assim, se continuar a ser garantida a certificação de 4 estrelas, como acontecera nestas últimas duas temporadas, um terço desse valor será destinado ao Clube, sendo que será repartido em partes iguais, caso venham a ser atingidas as 5 estrelas, porém, para tal, terá de ser criada uma equipa de futebol feminino.
» Contas de 2021 com saldo positivo
A apresentação, análise e votação das Contas referentes ao exercício de 2021 corresponderam ao primeiro ponto da Ordem de Trabalhos e foram aprovadas por unanimidade.
O resultado líquido positivo de 38.867 euros foi explicado pelo presidente da Direção, Eduardo Guimarães, que, apesar de um aumento das despesas, relacionadas também com o regresso da atividade normal, após o interregno conhecido devido à pandemia de Covid-19, salientou o grande impulso dado pelo aumento das receitas de quotização dos associados.
Com a subida do FC Vizela à 1ª Liga, o número de associados pagantes mais que duplicou e já é de cerca de 3 mil, situação que se refletiu de forma muito positiva na rubrica das receitas.
Eduardo Guimarães situou a dívida do Clube na ordem dos 470 mil euros, sendo que 210 são correspondentes a créditos de ex-presidentes, ao abrigo do Processo Especial de Revitalização.
» Voto de Louvor aos Associados
A anteceder o terceiro ponto da Ordem de Trabalhos, destinada a outros assuntos de interesse do Clube, foi atribuído um Voto de Louvor aos Associados, pelo excelente comportamento e contribuição dados ao longo da temporada desportiva, eles que assumiram um papel importante naquilo que foi o entusiasmo dado à equipa, em casa, pelo país e nas ilhas.
Um ponto de situação sobre as modalidades foi efetuado com o vice-presidente Pedro Oliveira a sublinhar o sucesso e crescimento do Atletismo e do Basquetebol, um balanço efetuado também pelo vice-presidente Ricardo Fontão, no que concerne à Formação de Futebol.