O treinador do FC Vizela considerou a derrota “justíssima”, falou da dificuldade da equipa em ter bola e de uma primeira parte muito longe do ADN habitual.
Análise ao jogo: “O SC Braga tem uma excelente equipa e soube explorar as nossas debilidades, mas a nossa primeira parte não foi uma imagem daquilo que é o FC Vizela. Mentalmente, não foi a nossa equipa. Tivemos medo de ter a bola, faltou coragem. Os homens da frente, essencialmente, tinham uma grande preocupação defensiva, maior do que em ferir o adversário. E, quando ganhávamos a bola, perdíamos outra vez com facilidade. Claro que o SC Braga cresceu com isso e marcou com naturalidade. Na segunda parte, tentámos mudar, mas não foi fácil.”
Segunda parte: “Conseguimos melhorar. Conseguimos em determinada fase voltar a ter a nossa identidade. Há algo que nós não podemos perder: o que nós somos. Conseguimos equilibrar, mas faltou-nos critérios e melhores decisões. O terceiro golo, de bola parada, complicou, mas depois entrámos na nossa melhor fase, reduzimos, tivemos bola e fomos aquilo que costumamos ser. Depois do 3-1, acreditei que podíamos fazer o 3-2. Mas, no último passe, as coisas não saíram. Parabéns ao SC Braga, ganhou hoje e muito bem.”
Reação e golos sofridos: “Na primeira parte, tivemos medo de assumir aquilo que somos. Faltou-nos ter bola, não percebermos o tipo de ligações que tínhamos de fazer. O que fez a maior diferença foi essa questão e a inibição mental. O FC Vizela entrou receoso, o SC Braga entrou para ganhar. Agora temos de perceber o que correu mal e agarrarmo-nos à segunda parte. Os dois golos sofridos na primeira resultam do medo de ter bola, de tomar uma decisão. Perdemos a bola numa ligação sem nexo e sofremos um contra-ataque. E no penálti podíamos ter feito muito melhor. Não percebemos a forma como o jogo se estava a desenrolar. Temos de dar um salto mental nos próximos jogos.”
Apoio dos adeptos: “São fantásticos, é muito bom ter adeptos assim. Já tinha dito isso mais do que uma vez. É um orgulho ter adeptos destes, que fazem esta moldura e dão este apoio.”
Ausência de Marcos Paulo e substituições: “O Marcos Paulo ficou no banco porque esta semana teve um problema lombar e praticamente não treinou. Em relação a fazer apenas três substituições, nada a ver com não confiar em quem estava no banco. A questão é que estávamos na melhor fase do nosso jogo. Vínhamos de um período muito difícil e quando estávamos na melhor fase do jogo não quis mexer. Tinha o Nuno Moreira para a frente, mas o Kiko estava a desequilibrar nessa fase e o Zohi tinha entrado bem há pouco tempo. Mesmo o Zag, saiu depois de se queixar.”
Próximo jogo com Belenenses SAD: “Tenho a semana de trabalha toda preparada e programada para o jogo de segunda-feira. Para já é isso.”