Uma semana depois do empate no terreno de um dos adversários que não esconde a subida à 2ª Liga como objetivo, o Estádio do FC Vizela foi palco de novo confronto entre candidatos.
Na receção ao Vilaverdense, sabia-se que pela frente estaria um forte opositor, pelo que seria necessária paciência e muita organização para poder alcançar o triunfo.
O equilíbrio foi uma constante. Do lado dos vizelenses, Carlos Cunha apostou no mesmo onze da ronda anterior e António Barbosa, técnico do Vilaverdense, fez o mesmo.
Do ponto de vista tático, os dois conjuntos encaixaram-se de tal modo que as oportunidades de golo foram quase uma raridade. Ainda assim, durante o primeiro tempo, foi o FC Vizela quem mais perto esteve de abrir o marcador.
Logo aos 3’, na sequência de um canto, João Pedro rematou com perigo por cima da barra e, aos 23’, Mércio, de cabeça, após um primeiro desvio de Carlos Fortes, também tentou a sorte.
Pelo meio, registo apenas para uma situação na qual o Vilaverdense gerou ameaça. Aconteceu aos 18’, quando Joel Silva, ao primeiro poste, cabeceou ao lado.
No entanto, a grande oportunidade do primeiro tempo saiu do pé esquerdo de Zé Valente. Estavam cumpridos 25’ e o livre direto batido por si deu a sensação de golo aos adeptos vizelenses.
A etapa complementar não trouxe alterações nas duas equipas, mas trouxe um grande susto para o FC Vizela logo no primeiro minuto do recomeço. André Salvador enviou o esférico à trave.
A resposta dos azuis e brancos foi imediata. Aos 48’, João Oliveira foi à linha cruzar e Pedro Freitas evitou aquele que seria um remate certeiro do oportuno Carlos Fortes.
De resto, a segunda parte foi mais emotiva. Já depois de Latyr Fall atirar à figura pelo Vilaverdense, Mércio, aos 55’, surgiu em excelente posição, mas preferiu servir Carlos Fortes que não encontrou o melhor enquadramento para o remate.
Entretanto, Cann e João Paredes saltaram do banco e acrescentaram velocidade ao jogo. Porém, seria o Vilaverdense a assustar novamente aos 76’ através de um cabeceamento muito perigoso de Zé Pedro, no seguimento de um livre lateral.
Apesar de ambas as formações quererem chegar o golo, nenhuma delas perdeu equilíbrios numa fase final que, noutras ocasiões, costuma fazer sobressair a emoção à razão.
Até que, no derradeiro minuto do tempo de compensação, ficou toda a ideia de que Rafael Vieira derrubou João Paredes no interior da área, um lance bastante contestado.
Albano Correia e seus auxiliares, que já antes tinham descoberto uma posição irregular inexistente a Felipe Augusto, interpretaram que houve simulação, uma decisão muito controversa, diga-se.
O nulo não foi desfeito, no entanto, FC Vizela e Vilaverdense continuam bem perto da liderança da Série A, agora entregue ao surpreendente Câmara de Lobos.
No próximo domingo, dia 24 de Setembro, pelas 15:00 horas, vai disputar-se mais uma eliminatória da Taça de Portugal com a turma vizelenses a receber o Sporting da Covilhã.
FICHA DE JOGO
Local: Estádio do FC Vizela (Vizela)
Árbitro: Albano Correia (AF Braga)
Assistentes: Pedro Costa e Leonel Ferreira
FC VIZELA: Pedro Albergaria; João Pedro (C), Miguel Oliveira, João Cunha e Nera (Panin, 85’); Evrard, Mércio e João Oliveira; Zé Valente (Cann, 56’), Carlos Fortes (João Paredes, 63’) e Felipe Augusto.
Suplentes não utilizados: Rafa, André Pinto, Joni e Dani.
Treinador: Carlos Cunha
VILAVERDENSE: Pedro Freitas; Pedro Lemos, Nené (C), Rafael Vieira e João Carneiro; Ibraima, Latyr Fall e André Salvador; André Soares, Joel Silva e Rafa Miranda.
Suplentes não utilizados: Bruno Martins, Vinícius, Tanela e Tiago Oliveira.
Treinador: António Barbosa
Cartões Amarelos: João Carneiro (2’), André Soares (21’), Mércio (28’), Evrard (66’), João Oliveira (75’), Ibraima (80’), Latyr Fall (87’) e João Paredes (90+5’).