Tulipa: “Podíamos ter resolvido o jogo na primeira parte”

Na conferência de imprensa pós-jogo, Tulipa analisou o empate a uma bola com o Gil Vicente, destacando a personalidade do FC Vizela e o propósito único na vitória, como ficou bem sublinhado na entrada forte da equipa em jogo.

O treinador dos vizelenses considerou que a sua equipa esteve melhor, ajustou-se bem àquilo que o jogo pedia e apenas lamentou o facto de não ter resolvido as contas do resultado bem cedo.

ANÁLISE AO JOGO: “Vínhamos com plano único de ganhar e isso ficou bem patente na primeira parte. Não importa se viemos com uma linha de 5, 7, 10 ou 12. O certo é que as oportunidades foram nossas. Fomos melhores, tivemos mais oportunidades e podíamos ter resolvido o jogo na primeira parte. Houve mérito do Gil Vicente na segunda parte, que tem bons jogadores e que acabou por nos ferir em alguns espaços, quando o nosso meio-campo perdeu intensidade. Não conseguimos chegar perto, nem ganhar na cobertura aos corredores laterais, que é por onde eles mais entram. Foi por aí que o adversário teve algum pendor ofensivo e criou duas oportunidades, uma delas através de um penálti e outra num golo de ressalto. Mudámos outra vez a nossa estrutura e voltámos com energia para atacar. Pudemos aproveitar as dificuldades do Gil Vicente, com roturas curtas e profundidade, e foi isso que fizemos.”

MUDANÇA DE ATITUDE: “O plano que traçámos para jogo podia ter tido consequências completamente diferentes. Podíamos ter ido para intervalo, possivelmente, com uma vantagem de, pelo menos, dois golos. O plano que se traçou em função daquilo que são as características do adversário e daquilo que são as nossas características, os nossos propósitos para o jogo, ficou bem vincado na primeira parte. Estudámos bem o rival. Conseguimos corrigir na segunda parte e isso estava nos planos, porque não podemos ter só o plano A. Um dos planos era voltar à nossa estrutura, mas com jogadores diferentes. Não temos o Guzzo, temos o Rashid, que não tem tanto tempo de jogo, mas que fez um bom jogo, e também não tínhamos o Samu, que é influente no meio-campo. Dentro destas circunstâncias, estruturámos uma ideia diferente, mas com o mesmo propósito, o de ganhar o jogo.”

NOVO SISTEMA: “Com o que tínhamos e agilizando também a componente de estudo do adversário, sabíamos que no nosso meio-campo estavam jogadores que ainda não têm um ritmo certo, não têm a adaptabilidade ao jogo e aos nossos jogadores. O Pedro fez o primeiro jogo e é um miúdo com qualidade. Dentro das circunstâncias, daquilo que tínhamos e íamos defrontar, optámos por esta decisão. Julgo que bem pensada porque, sem perdermos a nossa essência, aquilo que somos quando temos bola, mesmo em alguns momentos de pressão não estávamos com uma linha de 5. O Igor andava mais alto, apertávamos em 4x2x3x1 como, normalmente, o fazemos. O Bruno fez o sacrifício de ir muitas vezes ao corredor, ficar mano a mano com o extremo do Gil Vicente. A estrutura parte de uma base, mas depois nunca é aquela base inicial.”